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Tasso Franco

GREVE DOS PROFESSORES E A CENSURA À IMPRENSA BAIANA, POR TASSO FRANCO

Salvador deixou de ser um lugar de importância politica nacional
21/07/2012 às 20:00
 MIUDINHAS GLOBAIS:

   1. A greve dos professores da rede pública estadual que ainda segue aos "trancos e barrancos" com mais de 100 dias, trouxe no seu contexto uma novidade ameaçadora à imprensa baiana, como se os profissionais de comunicação dos veiculos estivessem, digamos assim, a grosso modo, obrigados a serem simpáticos ao movimento. A imprensa é livre e pode tomar a posição que quiser, a favor ou contra a greve, assim como se manifestar a favor ou contra o governo ou qualquer outro "ator" que esteja envolvido no processo.

   2. Cabe tão somente ao leitor, ao cidadão, discernir se o trabalho de tal ou qual veículo está sendo conduzido com honestidade. Ainda assim, mesmo aqueles que por algum motivo estejam mais simpáticos ao governo, mais engajados com os professores, mais amigos da Assembleia e ou/ com o Ministério Público as opiniões são livres e soberanas, não cabendo censuras e muito menos patrulhamento.

   3. O que se verificou na ocupação do saguão da Assembleia, ponto de concentração do movimento, foi que alguns sindicalistas e professores olhavam profissionais de imprensa com repulsa. Nós mesmo, do BJÁ, fomos alguns vezes questionados por pessoas que estavam o saguão da ALBA, quem éramos e assim por diante. E outros profissionais de diferentes veiculos tb sofreram esses maus-olhares e se chegou até em falar numa ação judicial contra o jornalista Levi Vasconcelos, A Tarde.

   4. De nossa parte vamos continuar adotando o princípio da igualdade, com espaços para todos neste e noutros movimentos que aconteçam na Bahia. Agora, nossa opinião será soberana e vamos seguir os fatos como eles se apresentam. No momento, a greve extrapolou todos os limites do bom senso, os prejuizos são enormes para o alunado, e estranha-se que um governo que se diz republicano até hoje não tenha sentado na Mesa Setorial de Negociações dos Professores para resolver o impasse.

   5. Entendemos, tb, que o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo, adotou um procedimento correto e legal ao solicitar à Justiça a reintegração do saguão da Assembleia; que o arcebispo e o MP bem que tentaram intermediar uma negociação pelo fim da greve; que a oposição na Assembleia cumpriu bem seu papel; que a base governista (salvo raras exceções) abandonou o governador Wagner, e pior fez sua bancada federal e os senadores. Parece até que a greve acontece na França.

   6. A imprensa, de sua parte, se comportou muito bem e deu uma ampla cobertura aos acontecimentos. Agora, censura, meus caros; alinhamentos, engajamentos, isso é coisa do jornalismo panfletário.
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   7. O que se passa? A Bahia deixou de existir? O DataFolha fez pesquisas de todas as grandes cidades do país e deixou de fora somente Salvador e Fortaleza. Até Boa Vista entrou. Curitiba, Porto Alegre, BH, SP, Rio, Recife, etc.

   8. É de se supor que Salvador deixou de ser um local de importância no cenário nacional também na politica. Nos demais segmentos, isso já sabíamos. Mas, agora, teria chegado a vez da política e nossos lideres não contam. É o que parece. Ou então algum "dedo mágico" interferiu no processo.

   9. O circuito Barra-Ondina vai viver mais um dia de caos com a marcha para Jesus com trios-elétricos, cantoria, bebedeira e assim por diante. Os moradores da Barra protestaram e o MP decidiu proibir os trios. Mas, a Sucom liberou entre Ondina e o Morro do Cristo entendendo que a Barra começa no Morro do Cristo.

   10. Ora, se os evangélicos querem louvar Jesus, nada mais justo, por que não o fazem lá no CAB, no Circuito Ayrton Sena? Não incomodariam ninguém, não atrapalhariam o trânsito em vários bairros e faziam sua festa por lá.

   11. É...a fase do governador Wagner não está boa. Foi a Serrinha inaugurar um asfaltoa tipo B que colocaram em algumas ruas daquela cidade.

   12. O atacante do Atlético-PR, Marcelo, que já esteve no Vitória, perdeu dois gols contra o Leão da Barra que até Sêo Barriga fazia, de letra.

   13. Diz-se que a campanha de Zé Neto, PT, em Feira de Santana, tem se resumido ao bar e restaurante Cravo&Panela. O pessoal se reúne todo dia por la, e por lá fica.