Feira Livre de Serrinha chega a era da globalização e nada falta apesar da seca
Foto: BJÁ |
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Mesmo na seca, a feira livre de Serrinha, tem todos os produtos da mesa com fartura |
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. Chega-se a semana decisiva para coligações às candidaturas majoritárias a prefeitos e vereadores na capital e no interior. Em Salvador, ainda há dúvidas em relação ao PSB, PDT e PTB podendo sair daí o vice de Nelson Pelegrino, candidato do PT a prefeito. Corre por fora, com bastante vontande, o PSD de Otto Alencar, tentando emplacar o deputado Alan Sanches.
2. Há um sentimento de que "morreram" as pré-candidaturas de Edvaldo Brito (PTB) e do deputado Félix Mendonça Jr (PDT). A senadora Lidice da Mata, do PSB, ainda se tem dúvidas embora ela nunca tenha dito que é candidata, como tb nunca desmentiu essa possibilidade. Ao que tudo indica estaria nati-morta a pré-candidatura do capitão deputado Tadeu (PSB). Não sendo Lidice, ele tb não será. Edvaldo Brito deve ser candidato a vereador.
3. Também há um sentimento de que o prefeito JH, no primeiro turno, seguirá com o deputado João Leão, do seu partido, o PP. Deixa para decidir o apoio no segundo turno quando oportuno, pois, os estudos até agora realizados pelos institutos mostram uma baixa competitividade de Leão, o qual gostaria de indicar o neto de Jorge Amado, vice de Pelegrino; enquanto JH preferiria Claudio Silva (Sucom); e Mario Negromonte, José Matos (ex-sec de Transporte).
4. Há, ainda, a candidatura do PMDB, radialista Mário Kértész, outsider e que está isolada. MK, já comentamos aqui, vai usar toda sua verve para tentar furar a polarização que se anuncia entre ACM Neto x Pelegrino. Alice Portugal, do PCdoB, tb decide sua vida esta semana. Veja que Netinho, por presão de Lula, apoiou Fernando Haddad (PT), em SP, hoje.
5. Então, tudo ainda pode acontecer com o PCdoB. Alice diz que vai até o fim e o PCdoB acha que se ela fizer uma boa campanha tem mais chances do que Pelegrino em tir ao segundo turno. Por fim, o bispo Márcio Marinho, PRB, firme com sua candidatura.
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6. Presenciamos em Serrinha durante os festejos de São João um fato interessante do ponto-de-vista sociológico, ainda pouco analisado pelos estudiosos dessa matéria na Bahia, revelador de que as duas grandes feiras livres da cidade (quartas e sábados), mesmo enfrentando o município um período prolongado de estiagem, não sofreram desabastecimento.
7. Havia (e há) uma fartura impressionante de produtos básicos para consumo alimentar (feijão, carne, farinha, peixe) e frutas e verduras de todos os tipos, de peras a mangabas. Tudo isso a preços bem mais baratos do que em Salvador ou Feira de Santana. E por quê isso está acontecendo? Porque as feiras livres (pelo menos a de Serrinha) entraram na era da globalização, da web, do celular, do abastecimento via outras localidades.
8. Assim, é possivel comprar espinafre vindo de Minas, melões do São Francisco e do Japão, feijão de Euclides da Cunha, alface do Cororobó, peixes do São Francisco e por aí vai. Há uma produção local, esta sim afetada pela seca, mas os segmentos derivados da mandioca resistiram (beijus, pubas, etc) e, por incrível que pareça, até o requisitadíssimo feijão de corda tem à mancheia.
8. Os produtos juninos também foram vendidos de todos os tipos - amendoi, milho verde, jenipapo, laranja, etc - com o preço um pouco mais salgado, mas, muito mais barato do que em Salvador. Três litros de amendoim custavam R$10,00 quando na capital o livro chegou a ser vendido por R$8,00.
9. Curioso nesse processo é como todo mundo está se comunicando via celular numa rapidez marcante. Ninguém se aperta. Até carroceiro para reabastecer pontos é chamado pelo celular.