Melhor é juntar algum capi´lé e viajar para o exterior. É mais barato.
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. Estamos no período da baixa estação turística e mesmo diante de um feriadão como este do Dia do Trabalhador, na Bahia, as promoções dos hotéis e pousadas são poucas, mantendo preços nas alturas e sem oferecer aos baianos a posisibilidade de passar um final de semana diferente. Daí que, muita gente optou por viajar a América Latina, em especial Chile, Peru e Argentina diante dessa falta de opções locais.
2. Na semana passada noticou-se que os Estados Unidos estão facilitando vistos para brasileiros e pretendem conquistar em viagens de negócios e lazer, algo em torno de 1.800.000 brasis em 2012. Marketing perfeito. Os americanos pesquisaram e descobriram que os brasis são gastadores. E, claro, diante de uma situação dessa natureza oferecem pacotes e roteiros de compras.
3. Os Estados Unidos estão mais baratos do que o Brasil. Também na última semana noticiou-se que delegações de países da América Latina estão desistindo de particicipar da Conferência Mundial Rio +20 porque consideraram os preços dos hotéis tão exorbitantes, que não dá. Nem para se hospedar em Mesquista, na Baixada Fluminense, estaria sendo possível. SP nem se fala. Foi uma queixa só dos preços na Fórmula Indy.
4. Sinceramente não dá pra entender essa inversão de valores. Antigamente, e falo de cátedra, ia-se aos Estados Unidos, Miami e NY, lugares preferenciais dos brasis, passear e comprar eletrônicos. Hoje, leva-se uma mala vazia para comprar utensílios do lar e roupas, entre outras. Até enxoval de noivas e carrinhos de bebê são embalados. Os brasis estão deixando bilhões de dólares no exterior/ano, nessas andanças.
5. Enquanto isso está impraticável, salvo para os muito ricos, uma estada num resort do Litoral Norte da Bahia. Tem resort cobrando R$5 mil por pessoa neste feriadão. Se o camarada vai com mulher e dois filhos desembolsa R$20 mil. Preço de ouro. Dez mil reais é preço do Marriot de NY por uma semana, com sobra. Com 20 dólares come-se o melhor dos frutos do mar, em Lima, no Peru.
6. Então, alguma coisa esta errada ou perdemos a noção do valor do real. Vinte e cinco dólares está custando um vermelho médio frito com um punhado de farofa e rodelas de cebola na Praia de Buraquinho, próximo de Vilas do Atlântico. Uma Stela Atros, pequena, num resaurante de Vilas vale quase 3 dólares.
7. Ou se muda esse paradigma, essa desenfreada exploração a baianada e aos turistas; ou vamos ficar sempre capengas, sem um turismo mais organizado preferindo fazer reservas e viajar para o exterior.