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Tasso Franco

SERRINHA SE ORGANIZA PARA TER SEMANA SANTA COM DIMENSÃO NACIONAL

Diretor do IAF diz que mentalidade atrasada da SEFAZ precisa mudar
08/04/2012 às 17:24

Foto: BJÁ
Ponto alto da semana santa em Serrinha: a procissão do fogaréu
  MIUDINHAS GLOBAIS:

  1. O prefeito de Serrinha, Osni Cardoso (PT), trabalha um projeto de transformar a Semana Santa na localidade num evento de porte nacional e que possa atrair turistas baianos e de outros estados, como faz Nova Jerusalém, em Pernambuco, com sua famosa e cortejada Paixão de Cristo. É tarefa grandiosa porque Serrinha não tem, ainda, uma mínima infra-estrutura adequada para isso. Mas, ainda assim, é melhor começar do que ficar parado.

  2. O atrativo principal da Semana Santa em Serrinha é a Procissão do Fogaréu, uma usança ibérica levada à cidade pelo padre Carlos, em 1930, completando 82 anos initerruptos, embora tenha passado por altos e baixos. Agora, depois de passar por um período de decadência e mudanças de trajeto e imposições da Diocese, ganha nova dimensão e tem apoio da Secult, estadual, nessa nova trajetória.

  3. Para que Serrinha possa se transformar numa Nova Jerusalém é preciso, no entanto, muitos investimentos, do estado, da prefeitura e da iniciativa privada. Sem isso, nada feito. Só o parque de estacionamento dos ônibus e carros em NJ Pernambuco há espaço e segurança para milhares de veiculos. Há uma rede hoteleira que se estende do agreste a zona de Caruaru e Recife, numa venda casada. Ou seja, quem vai a NJ passa por Caruru e visita Recife.

  4. O projeto de Serrinha precisa, portanto, de aportes técnicos, estudos, investimentos e não pode ser visto de forma isolada porque o parque hoteleiro da localidade é pequeno, o artesanato pobre e desorganizado, e o espetáculo da Paixão de Cristo, embora tenha melhorado, também fica muito a desejar. Neste 2012, por exemplo, ao chegar na Colina da Santa esqueceram de isolar uma área de atuação dos atores e o público a invadiu. Houve desorganização e muita gente foi embora antes do espetáculo começar.

  5. Há, ainda em Serrinha, uma tradição que vem do início do século passado, a subida do Morro do Fundo, a maior serra do local, conhecida como subida do monte e que necessita de organização e investimentos. A via crucis está abandonada com pedestais de cruzes quebrados e o cruzeiro do monte precisa de reparos e limpeza. Não há sequer um toldo para abrigar as pessoas mais idosas que sobem a montanha. Além disso, no trajeto extra monte há uma cachaçada enorme. Não combina com semana santa.

  6. Além disso, houve apresentação da Paixão de Cristo no sábado de Aleluia, uma brincadeira de bairro intitulada Bacalhau da Barão, um show de Joanna, na Praça Luis Nogueira, missas, procissões e queima de Judas. Diria que, Serrinha, está muito distante de ser uma Nova Jerusalém, mas, deu novamente seu ponta-pé-inicial no sentido de transformar sua semana santa num evento que, pelo menos, possa atrair caravanas da própria Bahia.

  7. A idéia não é nova nem original. Os prefeitos Zévaldo e Ferreirinha também perseguiram essa idéia e agora, Osni, que é do PT e conta com a colaboração do governo, faz esse remake de cara nova. Está todo mundo torcendo para dar certo. De repente, Serrinha pode se inserir no contexto do turismo estadual, pois, já tem uma festa de grande dimensão, a Vaquejada, festas juninas de razoável qualidade, moto-argola bem disputado e outras cavalgadas. 
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  8. Segundo o Diretor de Assuntos Econômicos (Sergio Furquim) do IAF existe atualmente na SEFAZ uma verdadeira "guerra" ideológica contra a participação da Bahia na Guerra Fiscal que remonta o trabalho da comissão de transição no final de 2006, um verdadeiro atraso.

  9. Esta posição da SEFAZ paralisou o estado por vários anos e junto com o atraso das obras de logística tornam atualmente a atração de empresas na Bahia em pior posição competitiva.

   10. Apesar da nova dinâmica imposta a Secretaria de Indústria e Comércio a atração de novos empreendimentos encontra obstáculos devido a posição já consolidada de diversos Estados e das grandes obras de Energia e Combustíveis que estão fora da Bahia, perdemos tempo valioso.

  11.  A posição anacrônica da SEFAZ da Bahia não encontra precedentes na história. Políticas de benefício fiscal na história só não são conhecidas no início da revolução industrial na Inglaterra (sec.XVIII). Todo o desenvolvimento dos EUA, Japão, Alemanha, etc,foi à base de benefícios fiscais, creditícios, etc.

  12. Nos EUA, diz Furquim, todo o desenvolvimento do oeste americana foi a base de décadas de benefícios que ajudaram a desenvolver as áreas menos desenvolvidas do país. Las Vegas, Dallas são cidades super ricas num clima desértico pior que nosso semi-árido e não conseguimos conviver ainda com a seca em pleno século XXI.
   13. No Brasil a Zona Franca de Manaus é um grande exemplo assim como o Pólo Petroquímico na Bahia e atualmente o excepcional porto de Suape que foi concebido na década de 70 com uma concepção de porto-indústria e dá os frutos hoje;


   14. Segundo o Diertoria de Assuntos Econômicos do IAF a Bahia tem que dar uma guinada de 180 graus para poder acompanhar o novo ciclo de desenvolvimento do Brasil e a mudança principal nos conceitos passa pela SEFAZ, já basta o tempo que foi perdido.