Bahia perde espaços para outros estados na conquista de empresas
MIUDINHAS GLOBAIS:
1. O ministério da Fazenda terá muito trabalho para convencer aos Estados a adotarem uma tarifa única para a cobrança do ICMS, como medida de simplificação tributária. O secretário de desenvolvimento do Rio de Janeiro,Júlio Bueno, saiu em defesa da batalha fiscal. "É a única maneira de descentralizar o desenvolvimento". Bueno também anunciou que a Microsoft deverá ser a próxima empresa a ter um centro de pesquisa na cidade do Rio.
2. Bueno tem reafirmado que somente com a guerra fiscal - e por meio do ICMS, imposto
estadual - é possível atrair novos investimentos. O Rio de Janeiro, por exemplo, está prestes a receber um novo pólo de indústria de cobre. Também está atraindo cada vez mais a indústria automobilística.
3. A inovação também tem sido um foco dessa batalha fiscal. O secretário informou que a Microsoft deverá ser a próxima empresa a criar centros de desenvolvimento na cidade do Rio de Janeiro. A unidade deverá ser instalada no Parque Tecnológico Barão de Mauá, na Zona
Portuária. Oficialmente, a Microsoft não confirma a informação. Já estão com centros de Inovação no Rio, as empresas IBM, GE e Cisco, que nesta segunda-feira, 02/04, anunciou investimentos de R$ 1 bilhão até 2015.
4. No Nordeste brasileiro, membros do Conselho Estadual de Política Industrial, Comercial e de Serviços (Condic) concederam incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento de
Pernambuco (Prodepe) para 28 projetos industriais no Estado.
5. Foram 23 indústrias e cinco projetos de importação. A pauta de concessão foi aprovada
pelos conselheiros, nesta terça-feira (03), na sede da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper).
6. Quando as projeções das empresas a serem incentivadas se concretizar, ou seja, quando as unidades estiverem prontas e operando, o total de investimentos será da ordem de R$ 707,1 milhões, com 2.403 empregos. Desse total, R$ 565,5 milhões se destinarão a projetos no Grande Recife (com 1.386 empregos correspondentes) e R$ 141,5 milhões no interior (1.017 empregos). Por setor, os destaques foram agroindústria, com cinco projetos; higiene e limpeza (4) e minerais não-metálicos (3).
7. Em termos percentuais, a RMR concentrará 79,9% dos investimentos e o interior, 20,1%. Em relação aos empregos, a RMR ficará com 57,6% dos empregos e o interior, 42,4%. Por região, das 23 indústrias, 13 ficarão na RMR (56,5%) e 10 no interior (43,5%). "São empreendimentos em municípios como Santa Maria do Cambucá, Afogados da Ingazeira e Glória do Goitá", elencou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio.
8. Já em relação às implantações, em termos de valores de recursos, os destaques foram Wind Power (Cabo de Santo Agostinho/metalmecânica), do grupo Impsa, com R$ 247 milhões e 386 empregos; seguida da Flora, em Jaboatão, com R$ 150 milhões e 600 empregos. Para Geraldo Julio, a Wind Power é exemplo da busca do Governo de fortalecer a cadeia de energia eólica, já que a empresa fará turbinas para a usina de Belo Monte, na
região Norte. "Conseguimos trazer algo de alto valor para a indústria metalmecânica".
9. E a Bahia? Por que a Bahia não entra nessa "guerra". O presidente da Desenbahia, Luis Alberto Petitinga, recenemente admitiu que a Bahia tem que se organizar melhor para ser mais competitiva. Opinião identica tem a diretoria do IAF, para quem a Bahia precisa adotar novas práticas na SEFAZ.
10. O fechamento da unidade da Dow Química em Camaçari segundo o IAF é a conseqüência aparente de diversos problemas que conjuntamente ameaçam o parque petroquímico baiano e que merecem uma profunda reflexão e ação.
11. Segundo Sergio Furquim, Diretor de Assuntos Econômicos do IAF, há mais de três anos o IAF fala sobre o assunto tendo o Bahia Já publicado diversas matérias sobre o assunto. Portanto, se a Bahia não se mexer, e há esperança com Sérgio Gabrielli, cabeça mais internacionalizada, a vaca continuará indo para o brejo.