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Tasso Franco

NEGRITUDE PRECISA PARTICIPAR DOS RITOS POLÍTICOS PARA CHEGAR AO PODER

Prepararam foguetes para Wagner em Serrinha e serviram a Rui Costa
24/12/2011 às 20:01
MIUDINHAS GLOBAIS:

 1. Estamos sempre lendo artigos de Newton Sobral, Jorge Portugal, João Jorge e outros defendendo a candidatura de um negro a prefeito de Salvador e a governador da Bahia. Conceitualmente, sugere-se a necessidade de se colocar no poder alguém que etnicamente esteja mais vinculado com a maioria da população baiana, especialmente, Salvador, cidade que tem 14% de negros e mais 70% de mestiços com matrilínea mais forte afro, o que representa um continguente de 84% de afros-mestiços-baianos.

  2. Em tese, essa proposição tem sentido. A política, no entanto, tal como a religião, tem alguns ritos que precisam ser seguidos e cultuados ao longo do tempo para que esse desejo se transforme numa realidade paupável. Não adianta só querer ou manifestar-se nesse sentido. É preciso, para usar uma expressão muito batida na politica, "construir" uma candidatura, organizar as bases para que isso seja possível de forma competitiva.

  3. Hoje, a rigor, não há uma liderança afro-mestiça baiana com essas condições. Salvo melhor juizo quem mais se aproxima desse pleito são o deputado federal Luiz Alberto (PT), o vice-prefeito Edivaldo Brito (PTB) e a vereadora por Salvador, Olivia Santana (PCdoB), no caso de Salvador; e, em relação a Bahia, não há nomes nessa acepção da vocação política a ser citado.

  4. Em Salvador, Edivaldo é pré-candidato a prefeito pelo PTB, porém, suas condições de competitividade são mínimas possíveis porque seu partido não agrega e o candidato não tem mais do que 3%/4% de preferência do eleitorado. Luiz Alberto não vinga no PT porque existe uma obsessão em eleger Nelson Pelegrino (tentará pela quarta vez) e toda vez que o negão bota a cabeça de fora o petismo corta.

  5. Poderia ser a vereadora Olivia Santana (PCdoB), diria, mais comletitiva do que a deputada federal Alice Portugal, mas, seria um risco colocá-la nesse fogo agora, em 2012, quando poderia ficar sem o mel e a cabaça. Então, melhor preservar Olivia para outra oportunidade mantendo seu mandato renovado na Câmara da capital, enquanto Alice, ainda que perca terá a garantia de continuar na Câmara Federal.

  6. Diria que esses são três nomes e mais o deputado pelo PRB, Márcio Marinho, que organizam trabalhos politicos permanentes, os quais estão inseridos nos ritos da politica. Não adianta ficar falando em Zulu, João Jorge, Luislinda Valois e outros menos citados se estes não trabalham o viés da politica. Cair de pára-quedas na política é muito dificil. Um "out-sider"  tipo Benedita da Silva na politica baiana não existe.

  7. Agora mesmo, o deputado Bira Corôa, que é mestiço com matrilínea afro, tentou candidatar-se a prefeito de Camaçari, o terceiro mais importante município do estado, ele que trabalha os dois lados (os ritos políticos e a etnia) teve seu nome rifado pela força hegemônica do PT, do prefeito Luiz Caetano. O mesmo está acontecendo com o deputado Jean Fabrício (PCdoB), de Conquista, que não consegue apoios para deslanchar sua candidatura.

  8. Vê-se, pois, que a luta é grande e tem que haver o enquadramento na politica, o momento certo de se encaixar no contexto e assim por diante. Sustento que, em Salvador, quem se apresenta em melhores condições a médio-prazo é a vereadora Olivia Santana. Se souber fazer a hora, chegar a Assembleia em 2014, melhorar sua assessoria, pode pelitear a condição de candidata com maior competitividade em 2016/2020.
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  9.  O delegado Carlos César Santos afirmou em entrevista concedida no fim da tarde deste sábado (24), no Rio, que os depoimentos da vítima baleada e do jogador Adriano se mostraram contraditórios. De acordo com o delegado, a jovem afirmou que foi o jogador que estava manuseando a arma no momento do disparo que a feriu na mão esquerda.
  10. Segundo o delegado, o atacante do Corinthians disse que era a jovem que manuseava a arma e que, por isso, acabou se ferindo.

  11. Nestge Natal e há poucos dias do novo ano, que está prestes a chegar com muita esperança de dias ainda melhores para todos nós, chego pela última vez ao ano a todos, de forma coletiva, para, aproveitando o clima natalício, enviar a derradeira edição de Jornalistas&Cia, em 2011.

  12. Mas não é qq edição e sim a mais importante do ano, mais até que a última que enviei, porque nesta, de 15 páginas, estamos publicando um projeto inédito e pioneiro, desenvolvido por este Jornalistas&Cia com o apoio do Instituto Corda: a criação de um Centro de Memória dos Prêmios de Jornalismo do Brasil e de um ranking dos mais premiados jornalistas brasileiros de todos os tempos.
 
  13. E o jornalista mais premiado do Brasil de todos os tempos não é um homem e sim uma mulher: a gaúcha Eliane Brum. Mas vou deixar os detalhes para que vocês saboreiem na própria edição.



  14. Outra boa notícia que mais escrever a todos com imensa alegria no coração é que finalmente, após mais de um ano e meio de tramitação, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de inclusão do padre-cientista Roberto Landell de Moura no Livro dos Heróis da Pátria, projeto de autoria do ex-senador Sérgio Zambiasi.

  15. Landell agora herói da pátria só depende da presidente Dilma Rousseff, para quem o projeto segue para sanção nos próximos dias. Gaúcha como padre Landell, confiamos que a presidente nos dará um presente logo mais sancionando o projeto.

  16. Isso feito, Landell já terá entrado oficialmente para a nossa história. Restará ainda o esforço de incluí-lo, via MEC e Conselho Federal de Educação, no currículo do Ensino Fundamental, para que todas as crianças brasileiras, daqui para a frente, venham  a saber que quem inventou o rádio não foi o italiano Guglielmo Marconi, mas sim o brasileiro de Porto Alegre, Roberto Landell de Moura.



  17. É com essas duas alegrias, portanto, e muita informação de qualidade, que me despeço de todos, desejando muita paz e alegria neste Natal e muitas conquistas e realizações - com saúde - em 2012.



  18. Os moradores de Capelão, em Lauro de Freitas, entregaram à prefeita Moema Gramacho, em audiência pauta de compensações aos prejuízos causados à população no entorno do pedágio na rodovia BA 526 (CIA-Aeroporto).  

  19. No documento a comunidade solicita a pavimentação das ruas Boa Esperança, Oito de Dezembro, São Francisco, Abaeté, todas transversais à via, a implantação de uma passarela na altura do pedágio e a construção de uma quadra poliesportiva.

  20. Os moradores querem ainda a construção de calçada para pedestres em toda extensão do bairro, aumento do numero de salas de aulas na Escola Tenente Gustavo dos Santos, isenção da cobrança do pedágio aos moradores das comunidades afetadas, instalação de uma cabine que controle o acesso de carros de grande porte, e a criação de uma lei municipal que controle o fluxo de carros de grande porte dentro do bairro.

  21. "Os carros querem escapar do pedágio passando pelo nosso bairro, as casas estão cedendo. Esse constante acesso em Capelão tem causado muitos transtornos, até o numero de casos de atropelamentos aumentou aqui", conta a moradora Célia de Jesus.
 
  22. Na primeira vez que Wagner foi a Serrinha inaugurar um lote do Minha Casa Minha Vida houve queixas de parte de prepostos do governo dando conta de que o prefeito Osni Cardoso (PT, não havia soltado um foguete e não havia nem uma banda chupa-catarro que recepecionar o governador.

  23. Na véspera do Natal, o prefeito caprichou com um foguetório imenso, bando anunciador, filarmônica, faixas a zorra, mas, para seu azar a chuva forte na RMS não permitiu que o helicóptero que conduziria o governador decolasse. E, sem a presença do goverandor, como os foguetes já estavam no local, quem foi recepcionado pelo foguetório foi o deputado Rui Costa.

  24. Foi tanto bomba que até o pessoal de Coité, que fica a 30 km de distância, ouviu.