Foto: BJÁ

Reciclagem: catador de latas, exausto, descansa na Ladeira da Barra

  Miudinhas globais:


   1. A decisão do PV em manter a independência de Marina Silva na campanha de segundo turno entre Dilma x Serra não trouxe surpresas. Era o esperado e já sinalizado por alguns veículos de comunicação em notas de bastidores vazadas pelo próprio PV. A postura do PV, no entanto, é ambígua e encerra contradições na medida em que admite que filiados do partido podem endossar as candidaturas dos presidenciáveis.


   2. Em sendo assim, ao oficializar sua neutralidade no segundo turno da eleição presidencial, dispensava-se de Marina Silva o texto em que acusa petistas e tucanos de travarem uma disputa "até as últimas conseqüências" e aderirem a um "pragmatismo sem limites". Segundo Marina, "a agressividade de seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma cultura política de paz", diz em carta.


   3. Ou uma coisa; ou outra. Se o PV entende que existe um "pragmatismo sem limites", o que é perfeitamente natural numa campanha eleitoral, sobretudo diante de uma disputa plebiscitária, deveria, pois, manter sua independência total e não abrir janelas para adesões.

   4. No fundo o PV também foi pragmático porque essas adesões já existiam mesmo antes da reunião da Executiva Nacional do Partido neste domingo, entre os casos mais notórios o de Fernando Gabeira, no Rio; e Luiz Bassuma, em Salvador, os quais ambos já haviam declarado apoios a Serra.


   5. Em votação simbólica, a ex-presidenciável Marina Silva, que recebeu 19,6 milhões de votos, referendou a posição de neutralidade para a nova etapa da corrida presidencial. Dos 92 votantes, apenas quatro declararam apoio a Dilma Rousseff (PT) ou José Serra (PSDB). Mesmo Fernando Gabeira, o candidato derrotado ao governo do Rio que contou com o apoio do tucano no primeiro turno, preferiu a independência do partido no momento do voto.


   6. Na prática o que vamos assistir a partir desta segunda-feira será uma fragmentação do PV nos Estados com as diferentes alas optando por um ou outro candidato. Na Bahia, a reunião da Executiva Estadual está marcada para esta segunda-feira. É provável, até, que o PV como partido apóie Serra. Mas, duvida-se que a ala de Beth Wagner e Juliano Matos siga essa diretriz.


   7. Ainda é cedo para se dizer quem sairá lucrando com essa atitude de Marina Silva. Sua decisão pessoal e partidária se fosse concretizada em favor de um dos candidatos, segundo o DataFolha, levaria consigo 25% dos 19.3% dos votos que teve em todo país, o que significaria 4.900.000 votos dos 19.600.000 conquistados nas urnas.


   8. Já 55% dos entrevistados pelo DataFolha vinculados ao PV dizem que a decisão de Marina em apoiar um dos candidatos seria inócua. Ou seja, 10.760.000 votos. Esse eleitorado (chamado flutuante e indeciso até agora ou pelo menos parte dele) vai optar por Dilma e/ou Serra por convicções próprias.


   9. A pesquisa revela, ainda, que 15% dos verdes rejeitariam uma indicação de Marina. Ou seja, 2.940.000 eleitores abominariam Marina se ela mandasse votar em alguém. Esse eleitor verde vota no verde e acabou. Pode ir às urnas no segundo turno e optar por anular o voto ou escolher um dos candidatos por conta própria. Talvez o candidato que mais se aproximar das concepções dos verdes pode levar uma parte desses votos.


   10. As pesquisas Ibope/DataFolha divulgadas até agora apontam que existem (independente de PV ou qualquer outro partido) algo em torno 6.000.000 a 7.000.000 milhões de indecisos. Portanto, vamos entrar nos 15 dias finais da campanha nessa pisada. Os candidatos e seus cabos eleitorais têm muito trabalho pela frente.


   11. Em Minas Gerais, estado sempre decisivo nas eleições presidenciais, diz-se que "Para onde Minas vai, vai o Brasil" Aécio quer reverter a situação do 1º turno em favor de Serra, dando-lhe mais 3 milhões de votos. E, em SP, Alckmin quer elevar os 800.000 de diferença favorável a Serra em mais 4 milhões. Isso, em tese. Na prática é missão muito difícil porque o presidente Lula tem, hoje, aprovação de 81% e faz contraponto.


   12. Portanto, transferência de votos de parte a parte sempre foi uma coisa complicada e depende e muito mais dos dois candidatos, do que da vontade desses cabos eleitorais poderosos.
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    13. O governo alemão traça estratégias para se aproximar da América Latina. Só em São Paulo existem 800 empresas alemãs.


    14. A melhor coisa que os governos Collor, Itamar, Sarney, FHC e Lula fizeram foram às privatizações. Tanto que o Previ, fundo de estatal, está em todas as jogadas. Outra coisa: se alguém quiser ver como é bom um banco oficial entre na fila da Caixa das Mercês.


    15. Tanta propaganda desse carro 307 da Peugeot e, até agora, 4.000 já passaram por recall.


    16. A Unimed está implantando um hospital no Rio de Janeiro com investimentos de R$180 milhões. Vai ser inaugurado na Barra da Tijuca. Para se ter uma idéia do que isso representa são investimentos correspondentes a 4 hospitais do Subúrbio de Salvador.


     17. A Barbie - aquela boneca lindinha - continua como carro chefe de vendas da Matel.


    18. O Rasta do Pelô adorou a idéia de Chavez de ter sua bomba atômica. Collor já teve uma idéia maluca dessas e até hoje sofre com isso.


    19. O cardeal dom Geraldo Majella, eleição presidencial pegando fogo, a igreja no centro da polêmica, hoje, em A Tarde, escreveu sobre (Apelo a Fátima) visita que fez a Portugal.


    20. Disse Sua Eminência: "Em Fátima rezei por nossa diocese, pela nossa cidade do Salvador e pelo Brasil em processo de eleições presidenciais". Mais mineiro do que isso é impossível.


   21. A Bahia começa a segunda-feira no atraso sem aderir ao horário de verão.


   22. Mobilização do PT em Lauro de Freitas neste domingo na Micareta de Portão. O povo não tava nem aí.


   23. A Prefeitura colocou um nome de rua para homenagear Pacheco Filho, radialista famoso e querido da cidade. Diz-se que é uma travessa. Coleguinhas nossos diziam que, em sendo assim, outros tantos menos famosos terão nomes de becos e caminhos.


   24. O Rasta do Pelô que mora no Caminho H, casa Z da Rocinha, no máximo terá um Caminho do Rasta em placa.


   25. Outra ação do PT foi na praia de Buraquinho com a distribuição da estrela 13.


   26. No PSDB nem sinal de vida.  

   27. A disputa Trialton que aconteceu na Barra neste domingo foi um absurdo. Bicicletas e motos em alta velocidade com praia lotada em plena manhã por pouco não teve vários acidentes. Quem foi para as praias do Farol e do Porto para atravessar a Avenida Oceânica sofreu. Uma desorganização total, trânsito embolado, falta de sinalização e riscos até de mortes.

   28. Se uma daqueles motos que monitoravam os cliclistas se chocassem com crianças que atravessavam a pista, adeus. Isso durou de 8 da manhã até quase meio dia. Santo pai!