Colunistas / Miudinhas
Tasso Franco

CONGRESSO NÃO DECIDE NOME PT AO SENADO E FICA PARA DIRETÓRIO ESTADUAL

Wagner diz em público que queria Marcelo Nilo para vice-governador
16/05/2010 às 22:20
Foto: BJÁ
Waldir Pires atende militante na primeira fila do Congresso do PT
  Miudinhas globais:

  1. As miudinhas desta edição são dedicadas ao Congresso do PT. Além da política, naturalmente, foi também uma festa com direito a bandinha de música, bandeirada, modelitos interessantes e muita animação.

  2. Na parte política, o Congresso só aprovou a homologação do nome do governador Wagner à reeleição. Quanto ao candidato ao Senado, se Walter Pinheiro; ou Waldir Pires a decisão, segundo previsão de Marcelino Galo, ex-presidente do PT, deve sair em 15 dias. Muitas arestas já foram aplainadas, entre elas, que não haverá prévias.

  3. O presidente atual do PT na Bahia, Jonas Paulo, deve convocar uma reunião do Diretório Estadual e aí, sim, sairá o nome.

  4. O governador, em seu pronunciamento, disse que ajudará na eleição da 1ª senadora da Bahia, Lídice da Mata. Nome, portanto, sacramentado. E indiscutível, como candidata.

  5. Sobre seu candidato a vice, Otto Alencar, Wagner disse (até para acalmar a militância mais radical do PT) que, só vence quem agrega. E que Otto foi uma escolha pessoal do governador, inicialmente para o Senado. O seu candidato a vice era Marcelo Nilo, presidente da ALBA.

 6. Quando Wagner falou isso, de público, Marcelo ficou corado. Pelo que se entendeu, no original a chapa seria: Wagner/Marcelo; Otto e César Borges ao Senado. Se acontecesse isso, a militância iria "matar" Wagner. 

 7. Ainda para acalentar a militância falou: - O sofrimento é verdadeiro e sincero. Nesse momento, um militante gritou da platéia: - Dói muito. E Wagner respondeu: - A gente não faz com desejo de magoar. 

 8. Pra completar o governador afiançou: - Os de primeira hora (PT) são os do coração. Agora, aprendi com o professor Lula só vence quem une, agrega. Outro militante gritou da platéia: - Você é o cara.

  9. O ex-governador e ex-ministro Waldir Pires sentou-se na primeira fila, ao lado de secretários e outros. Bem comportado, discreto. Quando Wagner falou sobre o "bom problema" a disputa com Walter Pinheiro e citou o nome dos dois, parte da militância cantou: - É Waldir, Waldir, Waldir.

  10. Pinheiro não foi ao Congresso. Ou se foi eu não vi. De certo, também, se falha minha é porque estou precisando ir ao oculista.

  11. O refrão Olê, Olê, Olê ô lá, Lula lá-lá passou a ser entoado assim: Olê, Olê, Olê, ô lá, Dilmá má-má.

  12. A militância também entoou o seguinte: - O povo decidiu: é Wagner na Bahia e Dilma no Brasil.

  13. Trecho da música de Wagner para a campanha 2010: - Esse galego eu não abro mão.

  14. Teve mais dois refrões: - Dilma...Ferreira...é gente brasileira; Partido...partido...é dos trabalhadores.

  15. O chefe da Agecom, Robson Almeida, quase tem um infarto para disciplinar alguns membros da imprensa - especialmente cinegrafistas e fotógrafos - que se aglutinavam próximo à mesa das autoridades.

  16. Velho problema da categoria por mais que se marque um local, que se tente disciplinar, sempre acaba em bagunça. Agora, então, que "todo mundo" é repórter twiteiro virou uma festa.

  17. Essa foi do presidente Jonas Paulo: - Nossa Bahia só passou a respirar liberdade depois que Wagner chegou ao poder. E eu imaginando que tinha sido no 2 de Julho de 1823.

  18. A secretária Eva Chiavon, sempre muito contida, esta numa alegria imensa: - É o clima. Esse jingle de Dilma é de arrepiar, completou.

  19. O deputado Nelson Pelegrino já treinando a militância familiar com um garotinho bastante jovem no colo.

  20. Essa foi de Wagner: - Enganam-se aqueles que não conhecem as qualidades da companheira Dilma.

  21. Ato falho: Wagner depois de dizer que trabalha para se eleger no 1º ou no 2º turno, que vai ajudar a eleger os dois senadores, e uma forte bancada federal de companheiros para ajudar o governo do presidente Lula. Ôpa. Corrigiu de imediato: São 7 anos lidando com o homem. - É o governo da presidenta Dilma.

  22. Moema, prefeita de Lauro de Freitas, ficou tão entusiasmada ao saudar Dilma, até cantou um jingle: Ninguém para essa mulher. E pediu a militância que entoasse. Não revelou o autor da pérola.

  23. Dilma ao saudar os "companheiros e companheiras que tem a atitude da bandeira vermelha do PT no coração" rendeu-se ao baianês e sapecou um axé para todos.

  24. Saudou um a um os componentes da mesa, coisa rara, sem errar um dos nomes. Quando chegou a hora de citar Lídice disse: - Você tem a desafiadora missão de ser a primeira senadora da Bahia.

  24. Fez um afago também em Alexandre Brust: - Velho companheiro de lutas. Esse tem é história. Sopraram no meu ouvido.

  25. Wagner disse que, quando começou na política, fazia parte de um "bando de loucos", "bando de malucos" com um ideário. Dilma completou: - Benditos loucos são aqueles capazes de entender os destinos do seu povo.

  26. E, no meio do discurso, sitou que, ela e Wagner, além de coragem tem "lombo grosso". Essa deve ser do gauchês.

  27. Não foi só a secretária Eva que estava animadíssima. O secretário Martins, da Fazenda, idem-idem. Até reclamou do operador de som para ser mais vibrante.

  28. Esses meus óculos embassados são um problema: não consegui ver o leão. Mas não é leão do Vitória. O Leão deputado.

  29. O PT se modernizou. Antes, era só bandeiras vermelhas. Agora, tem bandeiras de toda cor. Até roxa. No púltpito tinha uma bandeira dessas com o símbolo da fertilidade.
Masculino/feminino.

  30. Cerumonial competente: colocou a deputada Lídice entre Marcelo Nilo e Paulo Rangel; Otto entre Marcelo e Fátima Mendonça; e Dilma entre Wagner e Jonas Paulo. Na ala esquerda da mesa ficaram Brust e Caetano cercados de mulheres.

  31. O deputado Marcos Medrado bateu o ponto no Congresso. Roberto Muniz, idem-idem.

  32. O sufoco tava tão grande que teve uma coleguinha jornalista que tirou o sapato para refrescar os dedinhos.

  33. Teve um militante que namorou à vontade enrolando com a moça numa bandeira do PT. Mas, do lado de fora do hotel.

  34. Ao bater o martelo final do Congresso, Wagner disse que é preciso não confundir ferramenta com gestão.

  35. Como diz Dilma, Axé para todos.