Colunistas / Miudinhas
Tasso Franco

LEI ELEITORAL "AMARRA" DEPUTADOS PARTIDOS NANICOS À CANDIDATURA GEDDEL

Radialista fanfarrão vai dizer o que da "quadrilha" da Assembleia Legislativa
29/04/2010 às 17:00

Foto: BJÁ
Presidente PMDB, Lúcio Vieira Lima, ironiza "capacidade articulação" do governo
  Miudinhas globais:

  1. O ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) conseguiu reunir em torno de sua candidatura a governador da Bahia uma aliança com dez partidos: PMDB/PR/PPS/PTB/PRTB/PSC/PSDC/PMN/PRP e PTdoB.

  2. Hoje, em solenidade na sede do PMDB agregou 4 deles (PRP/PSDC/PTdoB e PRP), nanicos que sejam, mas, partidos constituídos, legais, com pequenos tempos na propaganda eleitoral gratuita que se avizinha. E, o que é mais importante, com representações nas câmaras municipais e na Assembleia Legislativa.  
           
   3. Esta semana, durante o processo de debates sobre a aprovação de autorização de empréstimos ao governo do Estado junto a Caixa e BNDES visando projetos de requalificação da capital para as Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014), com jogos em Salvador, e mais R$563 milhões para recompor o caixa devido à crise da economia, em 2009, um grupo de deputados se reuniu para analisar como se comportar daqui pra frente.

  4. Suspense que atormenta a vida de pelos menos uma dezena de deputados.


           
  5. A fidelidade partidária é uma norma pétrea do TSE, as convenções dos partidos ainda vão acontecer no período que vai de 10 a 30 de junho, todo mundo fala em ampla e irrestrita reforma partidária (conceito geral entre os políticos), porém, cada qual defende seu caso específico.

   6. É exatamente aí, no detalhe, que o sinal vermelho acendeu para os deputados ligados aos nanicos (PMN, PTdoB, etc) e outros (PR/PSC) porque quem integrar a coligação do PMDB vai ter que apoiar Geddel. Não se trata de uma imposição do candidato, embora, acabe sendo porque está na lei.


           
   7. Veja o seguinte: só ontem, cinco deputados ligados a base governista (Cap Fábio, PRP; Jurandy Oliveira, PRP; Maria Luiza Laudano, PTdoB; Getúlio Uriratan, PMN; e Adolfo Meneses, PRP) por decisão dos seus partidos passaram a integrar a aliança com Geddel. Como agora Wagner poderá ir a Pojuca ao lado de Maria Luiza Laudano?; ou a Teixeira de Freitas com Getúlio Ubiratan? Não pode mais.

   8. Se os deputados forem suas direções partidárias podem, na época das convenções, lhes negarem o direito à reeleição. Ah!, por serem candidatos naturais, os deputados podem recorrer ao TSE. Perdem. Além do que, é uma "batalha" que ninguém vai se arriscar.


           
   9. E nas Câmaras de Vereadores? A situação é ainda mais curiosa. Tem municípios (e são vários) cujas casas legislativas são constituídas por vereadores do PR/PSC/PTdoB/PSDC/PTdoB/PRP sem representações do PMDB, DEM, PT e PSDB, salvo exceções. Os vereadores se utilizaram desse artifício, em 2004/2008 fugindo do coeficiente eleitoral dos grandes partidos.

   10. Agora, por força da lei, estarão amarrados com Geddel. E vereador não é brincadeira. Pula de galho ao primeiro sinal de conforto. E corre do risco como o diabo da cruz. Perder a legenda nem pensar.


           
   11. Esse cenário também muda a correlação de forças do governo na Assembleia este passando a ter minoria, se contado ao pé da letra, embora muitos desses deputados ainda apóiem o governo.

   12. Na reunião dos parlamentares dita acima, a surpresa era porque a articulação política de Wagner perdeu o controle desses partidos que ajudaram a sua eleição em 2006. Porque? Diziam que faltaram articuladores políticos eficientes e a direção do PT pouco contribui para o processo fluir até mesmo "interna-corporis".

   13. Assim posto, Geddel neutraliza o discurso de Wagner, ano 2006, de ser bom articulador e agregar em vota de si ampla aliança, ganha mais tempo na TV, agrega para sí o discurso de articulador eficiente e ainda se torna mais competitivo na disputa.


                                             **
   14. Aneel não vê justificativas para aumentos praticados pela Coelba nas contas de energia dos consumidores. E daí? Isso todo mundo sabe.

   15. O deputado federal Jorge Khoury (DEM) cumpre agenda no interior: nesta sexta-feira (30), se reúne com lideranças de Juazeiro. No sábado (1º), vai a Cavalgada de Jaguarari. Depois, a Casa Nova onde participa da procissão a São José Operário. No domingo (2), será recebido em Wenceslau Guimarães pela prefeita Suzete Nascimento, onde acompanha cavalgada que chega de Nova Ibiá e segue para o distrito de Cocão.

   16. O empresário João Cavalcante está fora da chapa de Geddel faz é tempo. A midia tem dado um destaque enorme a João político quando não é nada disso.

   17. O Rasta do Pelô me disse que, se soubesse que a Perine valia tão pouco (US$27 milhões), a tinha comprado de Pepe.

   18. A série de charges de Simanca (Eleições no País da Maravilha) é antológica.

   19. Até pouco tempo um radialista e apresentador de auditório de TV chamava a Assembleia de local de "quadrilheiros" e assim por diante. Houve até um movimento na Casa para que a Mesa Diretora processasse esse fanfarrão. Agora, se anuncia que a esposa do próprio é candidata a deputada. Vai engolir a língua.

  20. Boa idéia da Prefeitura de Alagoinhas em trocar ingressos da arquibancada popular da micareta local (começa nesta sexta, 30) por feijão. 

  21. A Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração vai reativar nesta sexta-feira
(30), às 15h, o Conselho de Desenvolvimento Industrial (CDI), que tem como objetivo analisar, formular e implementar políticas públicas para promover o desenvolvimento industrial e comercial no Estado da Bahia.

  22. É isso aí: faltando sete meses para terminar o atual governo antes tarde do que nunca.

  23. O ex-ministro da Integração Nacional e deputado federal, Geddel Vieira Lima, será o entrevistado desta sexta-feira (30), no Programa do Bocão, na Rádio Sociedade (740 AM), às 8h.

  24. A edição desta semana de J&Cia traz como principais notícias a criação do site de eleições do Terra, que atuará em redes sociais e com busca por websemântica, e cuja cobertura, a partir de agosto, terá 50 profissionais exclusivos, além dos correspondentes do portal nos estados;

  25. A declaração de Paulo Markun, que, de saída da Fundação Padre Anchieta, desabafou que "não merecia ser tratado dessa maneira", e a recusa dele em retomar o Roda Viva, em função de como as coisas se deram; a ida de Delmo Moreira para IstoÉ, como editor-executivo; e a dança de cadeiras em postos-chave de Record e Record News em São Paulo e no Rio.

  26. Outros destaques da edição ficam para Ágata Messina, que assumiu como nova diretora de atendimento da CDN Rio; para Pedro Del Picchia, que, recém-nomeado para a Comunicação do STF, levou para a equipe Ruy Barboza, Celso Pupo e Joyce Russi; e as partidas de Orlando "Fred Astaire" Fassoni, em São Paulo, e de Mário de Moraes, no Rio.

  27. Tabalhadores de diversos segmentos devem comparecer no Campo da Pronaica, em Cajazeiras X, 1º de maio para celebrar o Dia do Trabalhador. O evento promovido pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), explica que o pleito beneficia os operários como também a classe patronal.
 
  28. "Defendemos a redução da jornada de trabalho sem perda salarial de 44 horas para 40. Essa luta, que não é só da UGT, vai gerar novos postos de trabalho e propiciar mão-de-obra mais qualificada. A redução permite que a pessoa tenha tempo para estudar, fazer cursos, se reciclar e ficar mais tempo com sua família. Ou seja, ganha o trabalhador e também o Brasil", disse o presidente da UGT Bahia, Álvaro Rios.

  29. Outra batalha da UGT que agrega 920 sindicatos em todo o Brasil, sendo destes 100 baianos, é a discriminação. "Sob todos os aspectos que se manifesta somos contra. Seja por racismo, o preconceito às mulheres pagando um salário menor, diferenciando através de cargos e promoções bem como o assédio sexual e moral", declarou Álvaro.

  30. A CUT vai fazer seu evento no Centro Histórico de Salvador, mas, encontra resistência do IPHAN que não permite armar palcos no local. Tá uma guerra.

  31. A questão chave que está por trás -e pela frente- das crises na Grécia, Portugal e Espanha, é a competitividade comparada num regime rígido de moeda única, o Euro. Um dado básico que este Ex-Blog Cesar Maia tem tratado no pós-crise é a maior competitividade exigida com a menor demanda mundial em função do enxugamento dos derivativos.

  32. É, competir com Alemanha, França, Itália e Inglaterra não é mole não. Num comparativo, se tivesse um Euro na AL, por exemplo, Portugal e a Bolívia estariam fritos.