Colunistas / Miudinhas
Tasso Franco

NOVA CLASSE C NÃO TEM DONO E ESTABILIDADE ECONÔMICA É O FUNDAMENTAL

Segue a novela Cesar Borges com carta branca para governador fazer aliança
22/02/2010 às 21:20
Foto: BJÁ
Obra na margem do Camurugipe deve ampliar Av. Alceu Amoroso Lima
  Muidinhas globais:

  1. Uma esclarecedora entrevista com o sociólogo Bolivar Lamounier publicada em Páginas Amarelas de Veja, nesta semana, aborda algumas questões contidas em seu livro "A Classe Média Brasileira - Ambições, Valores e Projetos de Sociedade" observando-se as questões de natureza política e quais candidatos que terão dividendos diante da ascensão de 30 milhões de brasileiros para a Classe C, com renda entre R$1.115,00 a R$4.807,00, um dos pontos que vem sendo sempre destacado como uma vitória de Lula.

  2. Não é bem assim. Na propaganda petista, tudo bem. Mas, também não se pode menosprezar o papel do presidente Lula e do seu governo, importantíssimos no processo porque manteve a estabilidade econômica, reforçou-a e tem uma significativa colaboração para que houvesse essa migração. Acontece que, segundo o estudo de Lamounier, trata-se de uma situação que vem do advento da globalização, Plano Real e governos FHC.

  3. Ou seja, é um esforço compartilhado e que cabe louros em várias cabeças. A questão é de quem for mais competente para mostrar os seus méritos e isso Lula tem sido mais do que FHC e o PSDB, primeiro porque está no poder e a memória do povo é curta, segundo porque sua máquina de comunicação aliada a verve popular do presidente ajudam muito nesse entendimento.

  4. Uma outra questão posta pelo sociólogo é de que, ainda assim, essa nova classe C tem aspirações renovadas e não se enquadra ou segue qualquer modelo ideológico, muito menos o radicalismo do PT exposto no seu IV Congresso, porque ela foi moldada dentro da contemporaneidade, da aldeia global e tem novas aspirações, inclusive do empreendedorismo. Ou melhor dizendo, aspiram ser patrões, longe de qualquer modelo estatizante.

  5. Segundo o sociólogo "a estabilidade econômica é algo extremamente valorizado nessa classe C, porque significa a perspectiva de ascensão social, sinônimo de uma vida sem grandes sustos financeiros e com possibilidade de obtenção de financiamentos". Lamounier destaca que "não estamos diante de um fenômeno comportamental tão nídito como era a classe média antiga (no Brasil, sustentada basicamente pelos servidores públicos), e se trata de um universo bem mais amplo.

  6. Não foi à toa que o presidente Lula desprezou completamente o rol de propostas aprovadas pelo IV Congresso do PT, em linha radical assustadora, exatamente para que possa manter uma empatia sólida com essa classe C que ajudou a construir, porque, como diz Lamounier, ela não tem um único dono e percebe o que se passa a sua volta.

  7. Se Lula/Dilma atuam nessa direção, cativando-a, quanto mais o fizerem melhor para a campanha do PT. Se cometerem erros e assustarem esse contingente enorme da população se prejudicarão. Outra coisa, essa Classe C não se ilude com discursos do tipo foi eu que fiz, eu melhorei, e pronto. Tem que ter argumentos e a estabilidade econômica (destaque no discurso de Dilma) é o essencial.

  8. Em certo sentido, muita coisa do que está dito acima sobre o Brasil, vale para a campanha da Bahia. Wagner, Souto e Geddel têm que estar atentos a esse novo fenômeno social, importantíssimo na política brasileira.
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  9. Ainda não há uma placa da Prefeitura anunciando a obra. Mas, ao que tudo indica, pela movimentação de terras, várias caçambas trabalhando no local, está surgindo a duplicação da Avenida Alceu Amoroso Lima (fundo da Casa do Comércio) e que margeia uma das laterais do Rio Camurugipe, na altura do Salvador Shopping e de prédios comerciais na outra margem.

  10. Nesse local existe uma invasão antiga de um restaurante de comida a quilo onde também funciona um lava-jato. Além disso, duas áreas clandestinas de estacionamento de veículos (R$2,00 a diária) e de uma baiana de acarajé, este último, local que resultou na muvuca das sextas-feiras, um pagodão.

  11. A PRO HOMO, Associação de Defesa e Proteção dos Direitos de Homossexuais, com apoio da IBCM, Instituição Familia, Projeto Adolescente Aprendiz, Coletivo de Entidades Negras - CEN e o Site Dois Terços, lança campanha de arrecadação de agasalhos, roupas, maquiagem, cestas básicas, itens de higiene para Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais em situação de rua ou que estão em vulnerabilidade social, além de curso de informatica básica visando a inclusão digital de LGBT´s.

  12. O objetivo é levar o calor da solidariedade a LGBT´s que não possuem condições financeiras, que estão em situação de rua e que, principalmente, estão excluídos (as) das escolas, mercado de trabalho e convívio familiar, por questões de preconceito, discriminação e homofobia. Para tantas outras pessoas, um curso para inclusão digital significa o acesso a oportunidades no mercado de trabalho.
 
  13. Segundo Renildo Barbosa, presidente da PRO HOMO, "precisamos incluir LGBT´s alijados do convívio familiar que sentem muito mais as conseqüências do preconceito e homofobia, devido a sua orientação ou identidade sexual. Os sentimentos tão propagados de amor e solidariedade quase não chegam a estes seres humanos. Entretanto, a partir desta ação, isto pode ser minimizado" finaliza Barbosa.

  14. Preocupado com a Justiça Eleitoral fonte palaciana diz que o governador Jaques Wagner não está em campanha política nem há coordenador de campanha. O que existe é um indicativo de pré-campanha, já anunciada pela sua reeleição, e o prefeito Luis Caetano é coordenador do Grupo do PT que analisa essa pré-campanha.

  15. A campanha propriamente dita e o nome do coordenador serão divulgados no momento certo, de acordo com a legislação eleitoral.

  16. APLB decide nesta terça-feira, 23, se mantém a greve dos professores municipais de Salvador. Aviso: as aulas na rede estadual começaram nesta segunda-feira, 22.

  17. Ricardo Eletro ataca aposentados e pensionistas com crédito fácil. Santo pai!

  18. O SindHotéis avisa que o recolhimento da contribuição sindical é até 31 de março.

  19. Os vereadores sentaram à pua no presidente da Saltur, Cláudio Tinoco, à frente da organização do Carnaval. "Os artistas foram orientados pela Saltur a falar o nome do deputado ACM Neto. Cláudio Tinoco fez política no Carnaval", denunciou o vereador Adriano Meireles (PSC).
 
  20. Henrique Carballal (PT) classificou como "lamentável" a condução da Saltur por Cláudio Tinoco e concluiu: "Esse senhor vem trazendo prejuízos ao turismo da nossa cidade".
  21. Já o vereador Téo Senna (PTC) fez questão de defender Tinoco, declarando que "ele desempenhou um excelente trabalho na maior festa da capital baiana, sobretudo devido ao resgate histórico dos 60 anos da criação do trio elétrico com a volta de Morais Moreira".

  22. A vereadora Marta Rodrigues (PT) lembrou que a bancada da oposição requisitou a nulidade do Estatuto das Festas Populares, argumentando que "não é possível que esta Casa, que é do povo, não participe do processo de discussão de um documento deste porte".
 
  23. Outro que reagiu à exclusão do Legislativo do debate do Estatuto foi o vereador Odiosvaldo Vigas (PDT), frisando que as regras sobre o Carnaval "não podem ser definidas por decreto".


  24. Foi oficializada nesta segunda-feira (22) a criação de um bloco independente na Câmara Municipal de Salvador. O grupo é formado pelos vereadores Alan Castro (PTN), Alcindo da Anunciação (PSL), Carlos Muniz (PTN), Luizinho Sobral (PTN) e Pastor Luciano (PMN).

  25. O novo líder da bancada da oposição, Gilmar Santiago (PT), anunciou que uma das metas da sua gestão é agregar os membros do bloco independente na ala oposicionista.


  26. Circulou um boato na tarde desta segunda dando conta de que o vereador Odiosvaldo Vigas teria morrido logo após a sessão ordinária. A reportagem do Bahia Já entrou em contato com o vereador, que , assustado com o número de telefonemas que estava recendo, tranqüilizou. "Estou vivíssimo e muito bem. Não sei de onde surgiu essa história".


   27. A novela César Borges: o Conselho Político do governo deu carta branca a Wagner para fazer aliança com o senador do PR. Há no entanto, uma ressalva: o pessoal do PT não quer coligação na proporcional com PR e outros.