Jorge Solla, Eva Chiavon, Geraldo Simões, Edmon Lucas os mais frequentes
1. Em momento de eleições sempre surgem as especulações naturais visando o futuro. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, nos seus ensinamentos político-sociológicos, ensina que a política é feita com estratégias visando o futuro. "Em política, se você não enxerga mais longe, se não vê a estratégia, se olha só o imediato, você perde", essa é uma das máximas de FHC.
2. Então, obviamente, que não só na Bahia, mas também em outros estados, os políticos estão atuando nestas eleições municipais visando 2010, as candidaturas à Câmara dos Deputados, ao Senado, aos governos e a Presidência da República. Evidente que, ninguém assume uma posição direta em relação a esse assunto, salvo os deputados federais que já estão na luta visando suas reeleições.
3. Na Bahia, os comentários são de que, no PT, um dos nomes que estaria ungido pela cúpula do partido para disputar o Senado seria Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobrás, quadro que também estaria sendo estruturado visando a eleição para governador do Estado, em 2014. Um outro nome ao Senado, em havendo o provável racha com o PMDB, seria Geraldo Simões, secretário da Agricultura.
4. A julgar pelo que estamos vendo nos palanques atuais, na base do governo, alguns secretários de Estado estão se apresentando com bastante apetite político. Entre eles, o secretário da Saúde, Jorge Solla; o secretário das Relações Institucionais, Rui Costa; a secretária de governo, Eva Chiavon; o secretário da Agricultura, Geraldo Simões; o secretário da Integração Regional, Edmon Lucas.
5. Destes, até pela posição que ocupa, Rui Costa (já votado em 2006) para deputado federal, é pule de cem como candidatíssimo e um cabedal de votos de grande dimensão. Geraldo Simões está de corpo e alma na candidatura da sua mulher, Juçara Feitosa, em Itabuna, e sabe que precisa vencer no Sul para Bahia para fortalecer-se. Solla atua no Sudoeste, Sul da Bahia e na capital. Mas, a Saúde também é um manancial de votos territorial.
6. Que o diga o hoje conselheiro Otto Alencar quando desempenhou o papel de secretário de Saúde do Estado, na era ACM. A secretária Chiavon tem falado bastante nos comícios de Pinheiro na capital. Em sendo uma deconhecida para o eleitorado poderia estar sendo apresentada a esse segmento, numa espécie de teste pré-eleitoral. Edmon é do ramo e pretende retornar a Assembléia Legislativa, com votos do Sul e Chapada Diamantina.
7. Outros nomes também se ensaiam, como Ildes Ferreira, da Ciência e Tecnologia, a deputado estadual numa dobradinha com Colbert Martins, deputado federal, e atuação nas regiões de Feira de Santana e do Sisal. O secretário Adeum Sauer, da Educação, tem também aparecido em caminhadas e carreatas em Itabuna e na região Sul.
8. Os secretários técnicos - Fazenda, Planejamento, Infra-Estrutura - por enquanto estão distante dos palanques. Mas, em política, tudo é possível. Carlos Martins, da Fazenda, só um exemplo, tem bom relacionamento com a base sindical.
9. De maneira que, de forma tal, em 2010, teremos muitas novidades na política baiana além dos já tradicionais candidatos do PT e aliados, Nelson Pelegrino, Luis Alberto, Bassuma, Alice Portugal, Zezéu Ribeiro, etc, nomes que já estão ficando "antigos" nos cenários local e nacional, alguns deles com 20 anos de Congresso Nacional.
10. A depender dos resultados das eleições municipais, nos outros partidos, DEM, PMDB, PP, PSDB, PDT, etc, a situação vai ser ainda mais complicada com uma provável renovação na Câmara dos Deputados considera a mais contundente (do ponto de vista percentual) que ocorrerá na Bahia nos últimos 20 anos.
11. No DEM, então, poderá ocorrer um vexame. As antigas bases "carlistas" estão em movimento bastante acentuado. A aposta geral é no sucesso da eleição de ACM Neto na capital. E também na eleição de Tarcízio Pimenta, em Feira de Santana. Mas, isso só saberemos a partir de 5 de outubro próximo.
12. No Rio de Janeiro, os candidatos a prefeito estão declarando os nomes dos seus doadores financeiros. Em Salvador, por enquanto, sabe-se apenas os valores das prestações de contas dos candidatos, mas, sem os respectivos nomes dos doadores.