Dia 10 de outubro, Pupileira
osid , Salvador |
03/10/2024 às 19:17
Luiz Calds
Foto: André Fofano
Um dos maiores artistas da música baiana, o cantor, compositor e multi-instrumentista Luiz Caldas apresentará um show exclusivo no Viva Dulce 2024 – evento que une música e solidariedade trazendo este ano a nobre missão de arrecadar recursos para a ampliação do atendimento a pacientes com endometriose nas Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), incluindo assistência integral, cirurgias e a aquisição de novos equipamentos e insumos hospitalares.
Na Bahia, as Obras Sociais Irmã Dulce oferecem atendimento gratuito para mulheres com endometriose na Clínica da Mulher Dona Dulcinha, unidade considerada referência em saúde da mulher, atuando na prevenção, controle e tratamento das mais diversas afecções ginecológicas. A renda obtida com o Viva Dulce vai possibilitar que mais mulheres possam ter acesso ao serviço oferecido pela instituição do Anjo Bom, além de reduzir a enorme fila de espera pelo tratamento da endometriose, doença crônica que atinge cerca de 10% da população feminina mundial em idade reprodutiva e provoca dores intensas e incapacitantes, infertilidade, afetando significativamente a qualidade de vida das mulheres.
Em sua quinta edição, o Viva Dulce acontecerá no dia 10 de outubro, às 20h, na Pupileira, com show de Luiz Caldas e serviço all inclusive do buffet Vini Figueira Gastronomia. Os ingressos para o Viva Dulce podem ser adquiridos por meio da plataforma Sympla (https://bit.ly/vivadulce2024) ou na unidade da OSID localizada em Patamares (Av. Tamburugy, 88). A compra pode ser realizada através de cartão de crédito (com opção de parcelamento em até 3x) ou PIX. O evento conta com o apoio do Ecad – Escritório Central de Arrecadação e Distribuição. Com o Viva Dulce, a instituição fundada por Santa Dulce dos Pobres espera realizar mais de 5 mil atendimentos de endometriose ao longo de dois anos, incluindo mais de 140 cirurgias especializadas e assistência clínica multidisciplinar.
“O Viva Dulce vai trazer recursos para que a OSID tenha condições de oferecer mais cirurgias, inclusive para os casos mais complexos de endometriose profunda com envolvimento intestinal, e assim também diminuir a fila imensa de pacientes que estão aguardando há anos pelo procedimento. São mulheres que estão sofrendo com dor, com a infertilidade; mulheres que têm queda de rendimento no trabalho, que têm a qualidade de vida muito comprometida por causa da endometriose”, declara a coordenadora do Serviço de Ginecologia das Obras Sociais Irmã Dulce, Priscila Ritt.
O atendimento integral, englobando, além de médicos e enfermeiros, os serviços de psicologia, nutrição e fisioterapia para as portadoras de endometriose, também será contemplado com os recursos do Viva Dulce. “A população feminina ainda encontra muita dificuldade para ter acesso a esse suporte, então o objetivo é que as Obras Sociais Irmã Dulce também possam disponibilizar essa atenção integral, envolvendo equipe multidisciplinar, o que é muito importante para o acompanhamento e melhores resultados para as pacientes com endometriose”, destaca a ginecologista.
Diagnóstico – A coordenadora do Serviço de Ginecologia da OSID explica que, apesar da alta prevalência da endometriose (que ocorre quando o tecido que reveste o útero por dentro – chamado de endométrio – se implanta e se desenvolve fora do útero), existe ainda uma dificuldade muito grande para se chegar ao diagnóstico da doença. No Brasil, o tempo médio entre o início dos sintomas e o diagnóstico final é em torno de 7 anos. “Essa longa demora está associada a vários fatores, desde a questão cultural da normalização da cólica menstrual pelas pessoas, inclusive pelos profissionais de saúde, até as limitações do sistema público de saúde. Com a atuação das redes sociais, o maior acesso à informação, e com pessoas públicas falando sobre a endometriose, a população passou a saber mais sobre o tema, e muitas pacientes já chegam trazendo a suspeita da doença. Mas a endometriose é um problema de saúde pública; a dificuldade para tratar essas pacientes é enorme, especialmente do ponto de vista cirúrgico. E essa é uma realidade mundial, não só do Brasil e da Bahia”, salienta Priscila.
Repertório especial – Luiz Caldas promete um show dançante com um repertório versátil que passeia por grandes músicas escolhidas a dedo pelo cantor, compositor e multi-instrumentista. A ideia de se apresentar como intérprete nasceu do sucesso dos vídeos que o artista vem postando no seu perfil do Instagram desde a pandemia, em que ele canta e toca no violão canções que marcam a sua trajetória como cantor infantil de baile e que moram no seu imaginário afetivo.
Bee Gees, Roberto Carlos, Ritchie e Gilberto Gil são alguns dos compositores que estão no repertório do show, que terá Yacoce Simões como diretor musical. O ponto alto do espetáculo será ver Luiz interpretando grandes canções, só que agora acompanhado de uma superbanda com músicos conceituados na percussão, baixo, bateria, sax, guitarra, violão e teclado. O artista também vai tocar violão e guitarra. “Eu vou cantar canções que eu canto em casa, mas agora com uma big band. Vai ser um show para dançar, quem quiser dançar, e também para apreciar. O clima será de um grande baile que estamos realizando para ajudar as Obras Sociais Irmã Dulce, o que a gente não pode parar nunca de fazer. Além disso, é uma forma de cantar músicas que eu gosto, que eu cantava na infância, na adolescência, na vida adulta e que eu canto até hoje”, comenta Luiz Caldas.
A OSID – As Obras Sociais Irmã Dulce abrigam hoje um dos maiores complexos de saúde do Brasil com atendimento 100% gratuito, com mais de 6 milhões de procedimentos ambulatoriais realizados por ano na Bahia. A instituição fundada por Santa Dulce dos Pobres acolhe mais de 3 milhões de pessoas por ano no estado, incluindo idosos, pessoas com deficiência, pacientes oncológicos, pessoas em situação de rua, crianças e adolescentes em situação de risco social, usuários de substâncias psicoativas, entre outros públicos.