O grupo de dança moderna Mulekas de Ouro, formado por mulheres da melhor idade, celebra 25 anos de fundado no próximo dia 08 de outubro, domingo, das 11h às 18h, no Camarotebar, na Avenida Almirante Marques de Leão, 139, Barra. No dia serão realizadas uma série de atividades que começam com uma apresentação artística do grupo, seguem com homenagem às crianças, Valsa das Mulekas e Stand Mulekas, e haverá também o DJ Ed Salles e banda ao vivo.

Viver como criança dançando como Mulekas de Ouro – O grupo foi criado em 26 de setembro de 1998, no Clube dos Aposentados e Pensionistas do Estado da Bahia, em Salvador. 25 anos depois as participantes se orgulham de “resgatar o passado no presente dançando e requebrando qualquer música”, revela Jandira Berenguer, idealizadora, mentora e coordenadora do grupo, que diz que o objetivo é criar momentos de alegria, autoestima e qualidade de vida para as pessoas de todas as idades, mas em especial para as mais maduras.

O Mulekas de Ouro faz dança moderna da melhor idade. Mas como é  moderna se é  melhor idade? Como é melhor idade se é  moderna? Com estas perguntas o grupo “futuca” quem pensa de forma preconceituosa. Jandira diz que as meninas Mulekas sofrem preconceito, são chamadas de descompreendidas, desajustadas, que dizem que o que elas fazem é falta do que fazer e responde apontando os sinais do patriarcado, do machismo em nossa cultura. “Não estamos nem aí. Vamos seguindo nossa luta contínua pelo bem. Nossa felicidade é  com essa experiência, sermos estímulo e motivação  para todos”, diz orgulhosa.  

As Mulekas de Ouro já  dançaram em Fortaleza e Porto Seguro, fizeram algumas excursões e se apresentam nos mais variados locais, como abrigos, orfanatos, festas de  aniversário, faculdades, cruzeiros de navio e até  no cemitério  do Campo Santo a pedido da Arquidiocese de Salvador. Já se apresentaram também no programa da Globo Conexão Bahia e no programa Vovós Fora de Série.

E todo este empoderamento tem uma base sólida construída através de palestras onde se fala de viver e não ter a vergonha de ser feliz. “Falamos de auto conhecimento, do olhar para si mesmo, de deixar os filhos adultos viverem a vida deles e perceber que é você que tem que mudar”, afirma Jandira que informa que as dançarinas têm de apresentar atestado médico e cardiológico anual e fazem regularmente aulas de dança. Com as meninas trabalha há 20 anos com ela o professor de dança Jader dos Santos, que é apaixonado pelo que elas fazem e por também contribuir com a felicidade de muitas pessoas.