Presente, passado e futuro. Esta pode ser a melhor definição para o "Nada Tropical", terceiro álbum de estúdio do projeto Glue Trip. Nele, há referência -- e reverência -- a grandes artistas que não só moldaram, mas influenciaram os caminhos da banda até aqui. “O único Brasil possível é o musical” canta Lucas Moura, líder da Glue Trip, na faixa que dá nome ao disco. Esse é um sentimento que aflora quando os músicos revisitam os discos que formaram suas personalidades como artistas. Marcos Valle, Cátia de França e Arthur Verocai são só alguns entre tantos que fizeram abrigo para amortecer tantas notícias ruins da onda de caos que avançou pelo Brasil. Para gravar o novo disco, Lucas montou uma nova banda. João Boaventura, Thiago Leal e Pedro Lacerda se juntam ao paraibano para compor e gravar inspirados na gravação do álbum Transa de 1972 do músico Caetano Veloso. Pela primeira vez a Glue trabalha com um produtor musical fora do projeto. O paulista Zé Nigro assina a produção junto a Lucas e foi uma peça importantíssima para a expansão da sonoridade no novo trabalho. Elementos brasileiros presentes na discografia do projeto foram revisitados e alguns foram adicionados, como a percussão, o piano elétrico, sintetizadores analógicos e vários elementos que enriqueceram o disco. As participações do disco começam pelo maestro Arthur Verocai e sua orquestra de 12 músicos, que adicionou drama e uma atmosfera de fantasia à faixa "Lazy Days''. Ainda se juntaram ao álbum, os pernambucanos Otto e Felipe S, e a cantora paulista YMA. O Nada Tropical nasceu de reflexões com uma pitada de ironia, mostrando ao público brasileiro e internacional que a Glue Trip amadureceu e está pronto para participar de uma nova identidade musical para o Brasil. O álbum foi gravado em Junho de 2021 nos estúdios YB Music e Estúdio Navegantes, em São Paulo. A arte da capa foi criada pelo designer Bruno Borges, parceiro de longa data que também assina as capas dos discos anteriores. |