s�bado, 23 de novembro de 2024
O acesso ao show é livre, porém a artista conta com contribuições voluntárias do público. As opções de contribuição e informações sobre o evento estão disponíveis no Sympla: https:/ bit.ly/showderioamar .
As músicas de Sara revelam a perspectiva de uma mulher de origem mineira em seu desabrochar em terras baianas, trazida pelo amor ao mar e à Capoeira Angola, cuja arte se dedica há 20 anos. Na cidade de Salvador, mergulha nas matrizes africanas, nos ritmos nordestinos, no samba e em sua ancestralidade, envolvendo-se nos movimentos de mulheres capoeiristas e sambistas e se afirmando como mulher-artista-feminista.
“De Minas, eu trago como referência musical o Clube da Esquina, especialmente a força das composições de Milton Nascimento, e também de Lô Borges, além de artistas como Maurício Tizumba, Wander Lee, Marina Machado, Rubinho do Vale. Também iniciei lá a minha vivência com a cultura de raiz africana, através da capoeira, que me levou a conhecer locais como a Comunidade Quilombola do Açude, na Serra do Cipó, rodeada de muitos rios e cachoeiras, que apresenta uma ancestralidade marcante mantendo a tradição do Candombe, ritual com uma musicalidade de tambores bem rústicos, acompanhados de muita dança”, relembra a artista.
A relação com a Bahia começou na adolescência, frequentando as praias do Sul da Bahia, atraída tanto pelas belezas naturais como pelo forró. Já a cidade de Salvador Sara conheceu em 2001, tendo a capoeira como ponte, quando a artista, então com 17 anos, veio participar de um evento de capoeira organizado pelo Mestre Lua Rasta na Ilha de Itaparica. “Depois me iniciei na Capoeira Angola e comecei a alimentar o desejo de vir morar em Salvador, perto do mar e da musicalidade tão rica desta terra, num momento em que eu já me desenvolvia na arte da percussão, tocando pandeiro, triângulo e berimbau, e nutria o interesse de pesquisar ritmos brasileiros”.
O primeiro instrumento escolhido por Sara, porém, foi o violão, quando tinha 15 anos. Não à toa, já morando na capital baiana e cursando mestrado em Capoeira e Educação, decidiu aprender a tocar violão 7 cordas, o que veio a acontecer por meio do mestre e ícone na arte desse instrumento, Edson Sete Cordas, grande responsável pelo movimento de choro em Salvador. “Ele veio a falecer menos de um ano depois que iniciamos nossas aulas, tempo suficiente para me dar todo o incentivo com o violão de 7 cordas”, conta a artista.
Em linha ascendente, a musicalidade de Sara ganhou como laboratório a formação de um grupo de mulheres amigas para estudar choro e samba, o que deu origem ao grupo Samba das Cumades, que chegou a fazer diversas apresentações na capital e interior da Bahia no ano de 2019. “Paralelamente, iniciei aulas de canto com Ana Paula Albuquerque, e então deixei vir à tona a vontade que sempre tive de compor e cantar, e tive a alegria de ter canções minhas já incluídas no repertório do Samba das Cumades, algumas delas gravadas no EP”.
Sara realça que o álbum e o show De Rio A-Mar vêm fortalecer a produção musical feminina independente. “Esse projeto carrega o intuito de gerar reflexões sobre os significados de ser mulher em nossa sociedade, inspirando e encorajando outras mulheres a compartilharem suas expressões artísticas como ação de transformação, além de contribuir para a valorização das culturas de matrizes africanas e indígenas”.
No show, a cantora, compositora e instrumentista toca violão de 7 cordas, acompanhada da percussionista Poliana Coelho e do flautista Tito Fukunaga. O repertório é todo banhado na poética das águas, mescla sonoridades baianas e mineiras e ritmos da cultura popular afro-brasileira, como samba, baião e ijexá.
A apresentação inclui músicas autorais de Sara - tanto gravadas no EP quanto outras inéditas - como canções de artistas consagrados, como Dorival Caymmi e Mateus Aleluia, da Bahia, Fernando Brant e Milton Nascimento, de Minas Gerais. Traz também composições de artistas baianxs da nova geração, como Tito Fukunaga e Juliana Ribeiro, além de sambistas como Ederaldo Gentil e Teresa Cristina.
O show tem participação especial das integrantes do Samba das Cumades - Rayra Mayara (cavaquinho), Dani Amoroso e Lalá Evangelista (percussão). Participam ainda, de forma virtual, a violonista baiana Jana Vasconcellos, o violonista Zé Livera e a Mestra de Capoeira Angola Janja Araújo, no berimbau e voz no samba "Marias Capoeiras", que homenageia mulheres negras capoeiras, valorizando a luta dessas mulheres historicamente invisibilizadas. Assim, fica sendo majoritária a participação de mulheres no projeto, desde a produção e gravação do EP até o show, em um movimento de valorização do fazer feminino e das culturas afro-brasileiras e nordestinas.
Sobre o EP - O EP De Rio A-Mar foi lançado em 28 de maio deste ano nas principais plataformas de música (https://tratore.ffm.to/derioamar ), com seis faixas autorais, sendo cinco músicas inéditas e uma faixa-bônus (o single Amor pra Navegar), lançado em 2020 e premiado em 2º lugar pelo Festival Música Mundi.
O EP conta com a participação de nove mulheres musicistas com importante atuação na cena musical e cultural de Salvador, como a violonista Jana Vasconcellos na música Inverno em Salvador (única faixa com arranjo de voz e violão), a multi-instrumentista Aline Falcão, que gravou a sanfona na música Pé de Vento (uma mistura entre baião e ijexá) e a percussionista Poliana Coelho, que participou da maioria das músicas. As integrantes do grupo Samba das Cumades participam nas duas faixas de samba.
A própria artista assumiu a produção musical do projeto, que teve os arranjos coletivamente produzidos com xs artistas convidadxs e contou com a direção vocal de Ana Paula Albuquerque. O projeto agrega ainda artistas cujas expressões musicais dialogam com a trajetória de Sara, como o flautista Tito Fukunaga e o violonista Zé Livera na faixa que dá nome ao disco.
A concepção do EP começou a ser gestada em 2019, a partir da realização do pocket-show autoral De Rio A-Mar, durante o Festival de Canto Popular, no Teatro SESI Rio Vermelho, e seguiu amadurecendo durante o período da pandemia. O repertório expressa também o incômodo provocado pelo isolamento social, que se traduz em sua composição mais recente, "Inverno em Salvador".
O EP foi gravado no estúdio de Duarte Veloso, mixado e masterizado por Dinho Filho e distribuído pela Tratore. A gravação do EP "De Rio A-Mar" teve o apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.
Como o show de lançamento do EP está sendo realizado de forma independente e sem patrocínio, a artista conta com a contribuição do público por meio do Sympla: https:/ bit.ly/showderioamar
SERVIÇO:
Show Online de Lançamento do EP "DE RIO A-MAR", da artista Sara Abreu
Quando: Sábado, 17 de julho de 2021, 17h
Onde: Youtube.com/saraabreu
Link do clipe Amor pra Navegar: https://www.youtube.com/watch?v=-FpYWMZN33I
Contribuição e informações:
Sympla: https:/ bit.ly/showderioamar .
Parceria: Espaço Cultural Casa da Mãe (Local da transmissão do Show).
Redes Socias:
● Instagram: https://www.instagram.com/sara.abreumusica/
● Facebook: https://www.facebook.com/saraabreumusica
● Youtube: www.youtube.com/saraabreu
