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BANDA DONA IRACEMA LANÇA CLIPE DO SINGLE "CANTO VELÓRIO"

Dia 9 de junho
Tatiane Freitas , Salvador | 09/06/2021 às 19:23
Banda Dona Iracema lança clipe do single "Canto Velório"
Foto: divulgação
Single de estreia do mais novo trabalho da banda de hardcore baiana Dona Iracema, “Canto Velório” acaba de ganhar clipe, lançado ontem (8) no canal do grupo no YouTube (Dona Iracema Oficial). A canção teve lançamento no último dia 3 de junho e já está disponível em todas as plataformas digitais. A letra é uma forte e delicada homenagem a todos que perderam pessoas queridas na pandemia, compondo a faixa que finaliza “Velório”, álbum que será lançado 9 de julho e que integra projeto que também inclui um filme com estética e narrativa própria para fazer um ensaio sobre a morte e o descaso nos tempos de Coronavírus.

Com uma pegada totalmente diferente do restante do projeto, a canção "Canto Velório" se utiliza da sutileza para falar do difícil momento da perda e do adeus. É emocionante, ao mesmo tempo que é uma pancada certeira e necessária. “A gente se permitiu fazer, é a música mais diferente da nossa história. É leve na melodia e forte no sentido da mensagem, um sentimento de saudade”, adianta Balaio, nome artístico de Gabi, mulher trans, voz e uma das letristas do grupo.

Além dela, o grupo formado em 2012 na cidade de Vitória da Conquista é composto por Diegão Aprígio (vocal e contrabaixo), Pablo Bahia (vocal e guitarra) e Oscar Sampaio (vocal e bateria). Todos trazem no DNA essa pluralidade transgressora do rock e a naturalidade para abordar assuntos atuais e necessários.

“Canto Velório” deixa de lado o despojado e enérgico “caatincore” da Dona Iracema (mistura única de hardcore, rock, metal, baião, forró e axé) para dar lugar a melodia e canto intimistas, como em uma cerimônia de despedida. Para isso, conta ainda com as participações especiais de André T, Sammliz, Rejane Ayres e Enzo Camurça. A faixa é a última parte, o último capítulo, a última canção do álbum e foi escolhida como primeiro single para apresentar a ideia central do disco de uma maneira sutil e arrebatadora.

“Quando nos reunimos para começar a construir o disco, não imaginávamos que passaríamos por tudo isso e todos os sentimentos que nos assolariam nesse período. Nesse sentido, transformamos nosso luto, saudade e medo em uma homenagem às vítimas que não puderam ter o último adeus, sem uma despedida digna, sem o seu velório”, explica Oscar Sampaio.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) e foi um dos selecionados pelo “Prêmio das Artes Jorge Portugal 2020 - Premiação Aldir Blanc Bahia”, via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.