Como indicação de unidade para os seguidores, a União de Entidades de Samba da Bahia (Unesamba), organizadora do evento, sugere que os foliões desçam de branco para a avenida, a fim de fomentar a paz. A iniciativa conta com patrocínio da Prefeitura por meio da Empresa Salvador Turismo (Saltur). A festa homenageia o cantor e compositor Walmir Lima, 70, autor de "Ilha de Maré", trilha sonora informal da Lavagem do Bonfim e sucesso na voz de Alcione.
O folião poderá adquirir as camisas das entidades participantes levando uma lata de leite em pó na sede dos blocos Alvorada, Reduto do Samba e Alerta Geral. São atrações confirmadas para o evento o Grupo Raça Pura, que comandará o trio e o bloco Reduto do Samba; o grupo Comadres e Compadres, Vem Sambar, dentre outros.
"A caminhada já é uma realidade no calendário de festas de Salvador, e temos o orgulho de contar com o apoio da Saltur para que a festa se realize. Reforço o pedido para que as pessoas compareçam de branco para celebrar a paz", convida o sambista José Luís Lopes, mais conhecido como Arerê, presidente da Unesamba e um dos dirigentes do bloco Alerta Geral.
Dia - No sábado, no Terreiro de Jesus, o público poderá conferir os shows de Mariene de Castro, Juliana Ribeiro, Lazzo, Edil Pacheco, Nelson Rufino, Walmir Lima, Roberto Mendes, Gerônimo, Gal do Beco, Claudete Macedo, Guiga de Ogum, Verônica Dumar, Luci Laura, Raimundo Sodré, Roque Bentenquê, Vânia Bárbara, Cláudia Costa, Fred Dantas, Neto Bala, Firmino de Itapuã e Muniz do Garcia. O grande homenageado da edição 2017 será o sambista carioca Nelson Sargento, de 93 anos.
Uma das facetas do estilo sempre lembradas quando se aproxima a data é a rixa entre baianos e cariocas como terra mãe do ritmo. Para o cantor e compositor Neto Bala, a questão está bem esclarecida. “Entre amigos, costumo dizer que é incontestável que o samba nasceu na Bahia. Isto é fato consumado. A história está aí para contar: o samba, a capoeira, o Brasil, tudo começou bem aqui, na Bahia. Só que não soubemos aproveitar, o menino cresceu e foi adotado pelo Rio de Janeiro e, posteriormente, industrializado por São Paulo, que hoje é o estado que mais valoriza o estilo e para onde os profissionais que querem ter uma carreira robusta acabam migrando”, diz