Um homem foi condenado a seis anos de prisão devido a acusações semelhantes.
DM , Cairo |
02/10/2017 às 18:46
Banda de rock libanesa Mashrou'Leila
Foto:
Egito prendeu 22 pessoas nos últimos três dias como parte de uma operação de repressão a gays depois que uma bandeira de arco-íris foi erguida em um show, disseram ativistas e grupos de direitos humanos nesta segunda-feira.
O procurador público anunciou uma investigação depois que a mídia local iniciou uma campanha altamente crítica contra aqueles que exibiram a bandeira de arco-íris em um espetáculo do Mashrou' Leila, uma banda libanesa de rock alternativo cujo líder é abertamente gay.
Nesta segunda-feira, a polícia prendeu Ahmed Alaa e Sarah Hegazy, sendo esta a primeira mulher envolvida em incidente do tipo em anos, em relação ao caso, disse o advogado deles.
Dois homens foram presos antes por sua relação com o incidente da bandeira, mas um foi solto. As outras prisões não tiveram relação com o acontecimento, mas todas tinham relação com a suposta orientação sexual dos réus e aconteceram após o incidente.
Ao menos 10 homens foram presos entre 28 e 30 de setembro e seis outros mais cedo na mesma semana, disseram fontes judiciais. Todos os 16 foram a julgamento no domingo acusados de "promover desvios sexuais" e "devassidão", eufemismos para a homossexualidade. Um veredicto é esperado no dia 29 de outubro.
Um homem foi condenado a seis anos de prisão devido a acusações semelhantes.
Embora a homossexualidade não seja especificamente proibida no Egito, sua sociedade é conservadora e a discriminação predomina. Homens gays são presos com frequência e normalmente são acusados de devassidão, imoralidade ou blasfêmia.