Dia 23: Ouça: https://youtu.be/-FgH19f0TVo
GP , Salvador |
10/04/2017 às 15:49
Pirombeira
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Dia 23 de abril o Grupo Pirombeira lança seu primeiro álbum, mas uma faixa especial já está disponível para o público. O single Lugar vem acompanhado da vinheta Tramela lançado nesta segunda-feira (10), é uma prévia do que a banda preparou no primeiro CD da carreira, que já dura sete anos. A música está nos serviços de streaming gratuitos do Pirombeira, como YouTube e SoundCloud e estará disponível nas plataformas digitais como Spotify, Deezer, Xbox Music, entre outros. O show de lançamento acontece domingo (23), no Teatro Vila Velha, às 20h.
Ouça: https://youtu.be/-FgH19f0TVo
O tema instrumental Tramela foi desenvolvido coletivamente pelo Pirombeira a partir de uma composição de João Mendes, cantor e violonista do grupo. Ela mostra o lado experimental da banda e funciona como um portal para a proposta de samba de roda que está colocada em Lugar. A melodia circular com o acompanhamento não convencional cria uma tensão que tem um relaxamento com o início da canção. A composição de João com o parceiro de Santo Amaro Murilo Rafael e Vinícius Ramalho fala da relação com a terra natal, a segurança e afetividade que se constróem na memória. Em Lugar, um samba-chula, a inventividade do Pirombeira também está presente com os efeitos vocais e a dinâmica proposta.
Primeiro álbum
Ouvidos atentos percebem que o disco totalmente autoral expressa um diálogo de referências e experiências que cada integrante traz consigo e que ajudam a moldar a identidade do grupo. O regionalismo baiano, colocado pelos elementos de baião, frevo, chula e ijexá, conversa com a linguagem universal, trazida pelas referências de jazz, rock e as experimentações. Ao mesmo tempo, canções, temas instrumentais e improvisos permeiam toda a audição.
Neste primeiro álbum, o grupo conseguiu representar toda a sua carreira. Faixas que já estavam no repertório dos show do início do grupo estão ao lado de composições mais recentes. A maturidade musical que o grupo construiu também está colocada nos arranjos e na interpretação das músicas. “Queríamos que o disco fosse um autorretrato. O resultado é um produto musical amplo e singular”, afirma o guitarrista Ian Cardoso. Por isso a opção por intitular o trabalho como Pirombeira, que tem identidade visual de Lia Cunha.
Para a representação ficar completa, participações especiais de parceiros do grupo também estão no trabalho. Além dos quatro convidados do show, o guitarrista Junix contribui na faixa Cadê o Bongô?. O disco também conta com um naipe de metais formado por Everaldo Pequeno, Levy Maia e Bruno Nery. Especialmente a faixa Canastra conta com as participações de João Teoria, Vinícius Freitas, André Becker e Ivan Sacerdote.
Grupo Pirombeira
Desde 2010 quando o Pirombeira surgiu, o grupo cria seus próprios espaços de circulação. Durante os quatro anos de realização do projeto Som de Zilda, quinzenalmente o largo de São Lázaro se transformava em um ambiente de sociabilidade embalado pelo Pirombeira e seus convidados. O que começou como uma reunião despretensiosa se transformou em um dos principais espaços da música independente da cidade. Por lá circularam importantes nomes e grupos de diferentes vertentes como Letieres Leite, Roberto Mendes, Samba Chula de São Braz, Matita Perê, Trio Fuxiqueiras, Viola de Arame, Skanibais, Eric Assmar e muitos outras.
O projeto em São Lázaro foi apenas o início da trajetória sempre marcada pela relação próxima com o público. O resultado foi o sucesso na campanha de financiamento coletivo, na qual centenas de fãs apoiaram o grupo e tornam possível a concretização do disco. “Percebemos que não estamos sozinhos e, mais do que isso, que nosso trabalho é reconhecido”, afirma João Mendes sobre o engajamento do público na campanha.
Nos sete anos de carreira, além do público, diversas premiações e festivais reconheceram o trabalho do Pirombeira. Com apenas um ano de formação, em 2011, o grupo venceu o 1º Festival de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Já em 2013, a composição Farinha foi premiada na Mostra SESC de Música – Ano 2. Em 2015, o Pirombeira recebeu o troféu de Melhor Banda do Prêmio Caymmi de Música.
TRAMELA (instrumental)
Compositor: João Mendes
Aline Falcão - sintetizador
Gabriel Arruti - baixo
Ian Cardoso - guitarra
João Gilberto Paim - efeitos
João Mendes - violão nylon
Rubão Nazario - bateria
Yves Tanuri - sintetizador
Naipe de Sopros:
Bruno Nery - trombone
Everaldo Pequeno - trompete em Bb
Levy Maia - sax tenor
Arranjo de sopros - Yves Tanuri
LUGAR
Compositores: João Mendes e Murilo Rafael
[letra]
Lugar, matriz que vem me lembrar
pé de araçá, roda de angola
maculelê pra dançar
balança a folha e o vento sopra
E se eu sonhar demais
eu sonho com jangadas e quintais
lume que me traz
por sob a névoa espessa a mesma paz
No azul lunar, a vontade a pé de recomeçar
sol, purificação, a vontade de pôr a mão no chão
Lugar, matriz que vem me lembrar
pé de araçá, roda de angola
maculelê pra dançar
preta cê tem que ir lá pra ver
e se eu soltar a voz
alguma força canta sobre nós
canto que me fez
olhar menino a tarde uma outra vez
No azul lunar, a vontade a pé de recomeçar
sol, purificação, a vontade de pôr a mão no chão
Aline Falcão - rhodes e vocal e efeito vocal
Gabriel Arruti - baixo
Ian Cardoso - guitarra, dente, palmas, vocal e efeito vocal
João Gilberto Paim - agogô, block, xequerê, clave, djembê, lé, timbau e triângulo
João Mendes - voz, violão nylon, violão aço, palmas, vocal e efeito vocal
Rubão Nazario - bateria
Yves Tanuri - sintetizador
Naipe de Sopros:
Bruno Nery - trombone
Everaldo Pequeno - trompete em Bb
Levy Maia - sax tenor
Arranjo de sopros - Yves Tanuri