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Djavan escolhe Salvador para reta final da turnê "Vidas pra contar"

Dia 26 de maio, TCA
LN , Salvador | 16/03/2017 às 09:10
Djavan
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O cantor e compositor Djavan volta a Salvador com o show "Vidas pra contar", no dia 26 de maio, às 19h na Concha Acústica do TCA. A turnê, que desde o inicio de 2016 já percorreu mais de 40 cidades do Brasil e do exterior, inclusive em Salvador, com duas apresentações tendo recorde de público em maio/16, traz em seu repertório além das canções do novo disco, sucessos do artista alagoano. Djavan conquistou o quarto Grammy Latino de sua trajetória, no ano passado, na categoria melhor canção em português com a música que dá título ao último trabalho e ao show. Na edição anterior da premiação quando completou 40 anos de carreira foi contemplado com o troféu na categoria Excelência Musical pelo conjunto de sua obra.
 
Entre as canções confirmadas no roteiro estão "Não é um Bolero" e "Encontrar-te", do último álbum e as clássicas "Oceano", "Outono", "Boa Noite", "Eu te Devoro", dentre outras. A última etapa da turnê que se encerra em julho deste ano vai passar ainda por Campinas, São Paulo, São Bernardo do Campo, São Carlos, Londrina, Curitiba, Belo Horizonte, Brasília, Recife e a cidade de Feira de Santana (interior da Bahia), além de outras que serão anunciadas em breve.
 
Acompanhado por Carlos Bala (bateria), Jessé Sadoc (flügelhorn, trompete e vocal), Marcelo Mariano (baixo e vocal), Marcelo Martins (flauta, saxofone e vocal), Paulo Calasans (teclados e piano) e João Castilho (guitarras, violões e vocal) o artista é quem assina a direção do espetáculo que tem iluminação de Binho Schaefer e figurino de Roberta Stamato. 
 
"Existe entre nós, eu e os músicos, um código musical que permite voos para todas as direções e isto é uma coisa que me ajuda muito, uma vez que persigo sempre a diversidade. Eu acho que a diversidade me impõe a estar sempre correndo riscos, e eu preciso disso", conta o músico. 
 
O cenário da turnê, concebido por Suzane Queiroz foi desenhado a partir do conceito de que a vida de cada pessoa é um grande livro em branco que vai sendo preenchido linha por linha, página por página a cada alegria, a cada tristeza, a cada conquista, a cada novo amor que chega e que parte, ao longo do tempo.


Sobre o álbum "Vidas pra contar"
 
Pode-se começar a audição de "Vidas pra contar" pulando a primeira faixa, assim, apenas como um exercício de análise. E vai-se encontrar um Djavan exercitando no limite o seu estilo consagrado. "Só pra ser o sol" é uma daquelas canções matadoras, de tocar no rádio a vida inteira (e sempre soando nova), de grudar no ouvido. Calcada na linha de baixo de Marcelo Mariano e com desenhos inusitados do naipe de sopros tocado por Jessé Sadoc (trompete) e Marcelo Martins (sax tenor), a canção logo conquista pela fluência melódica dentro de uma estrutura harmônica surpreendente, cheia de modulações. E pela letra, a poética de Djavan burilada como só ele faz, o uso de gírias ("uhu") em meio a imagens inusitadas (como a da moça revirando o armário): "Uhu, você disse que vinha e veio/Não acreditei/E cheguei a tremer/Pensei em você virando armário/Pra chegar em mim/Que bom! Te ver/Tão linda e desejada".