Depois de protestos a Secult manteve apoio ao Femadum que teve Pelourinho lotado
Da Redação , Salvador |
21/01/2017 às 20:04
Largo do Pelourinho lotado
Foto: Elói Corrêa
O Largo do Pelourinho ficou lotado na tarde deste sábado (21). Milhares de baianos e turistas se aglomeraram para curtir o Festival de Músicas e Artes do Olodum (Femadum) e conhecer as três músicas finalistas para o carnaval deste ano. O grande vencedor será anunciado no domingo (22), durante show que fará uma prévia do que será apresentado na avenida em fevereiro, com o tema ‘O Sol- Akhenaton: Os Caminhos da Luz’.
Para o presidente do Olodum, João Jorge, o Femadum representa a diversidade da cultura afro baiana e brasileira. “O festival movimenta principalmente a juventude, ele dá visibilidade a arte e a cultura negra. É o maior evento das Américas desse tipo. É, acima de tudo, simbólico, por acontecer aqui no Pelourinho, o palco histórico da Bahia, onde o nosso país começou. Por esta razão, esse patrocínio que a gente recebe do Governo do Estado, através da Bahiatursa, é tão importante para a nossa cultura”.
O evento também festeja 30 anos do samba reggae e realiza a campanha “Eu Falei Faraó”, relacionada com os 30 anos do primeiro LP da Banda Olodum, Egito Madagascar de 1987. O cantor Pierre Onassis, ex-vocalista do grupo e que faz parte da banca que escolherá a canção vencedora, acredita que o concurso dá visibilidade a talentos populares. “Eu comecei a minha carreira em um festival como esse, eu sei a importância que esse prêmio terá na vida desses artistas. O Olodum é uma escola maravilhosa”.
Canções
As três canções finalistas são ‘Reino Maior’, dos compositores Cátia Sileine e Genivaldo Evangelista; ‘Akhenaton: O Filho do Sol’, da cantora e compositora Jeovana Lourenço; e ‘Olodum Fonte de Energia’, do trio Roberto Cruz, Sandoval Melodia e Jucka Maneiro. O vencedor ganhará R$ 10 mil e uma viagem oferecida pelo grupo de percussão argentino 14 Biz, convidado do Olodum para o festival. O segundo colocado ganhará o prêmio de R$ 5mil.
O ritmo dos tambores coloridos, marca registrada do bloco afro, contagia e encanta a todos, turistas e soteropolitanos. Para a turista argentina, Almira Tevez, a batida cadenciada é hipnotizante. “É uma alegria muito grande estar aqui, essa música é muito gostosa de ouvir. É a primeira vez que estou na Bahia e agora eu quero voltar todos os anos. É um som maravilhoso, mágico”.
Homenagens
O domingo será marcado também por homenagens. Perto de completar 200 anos de existência, a Irmandade da Boa Morte será homenageada com o Troféu Ujaama no Femadum 2017. Também serão homenageados nomes como o advogado e jurista baiano, Edvaldo Brito, e Magda Sueli da Silva Paim, estudante, dançarina e percussionista da banda.
Temas anteriores
A cada ano, o Femadum desenvolve um tema ligado ao contexto histórico-político-cultural que também é utilizado como enredo para o carnaval. Assim, o Festival já teve como tema: Em 1992 – 500 anos da América um Olhar para o futuro, em 1993 - O Berimbau; 1994 - A Música Negra; em 1995 – Os 300 Anos de Zumbi dos Palmares; em 2007 - Marrocos - O país dos sentidos (Olodum Transariano); em 2008 - África do Sul - a Origem da Vida; em 2009 - Povo Dogons (Mali); em 2010 – O Povo das Estrelas; em 2011 – Democracia e Comunicação, em 2012 – A Energia da música Percussiva; em 2013 – Samba, Futebol e Alegria – Raízes do Brasil, em 2014 - Ashanti - O trono Dourado - Yaa Asantewaa; em 2015 – Etiópia – A Cruz de Lalibela – O pagador de Promessa; em 2016 - Brasil, mostra tua cara! Sou Olodum, quem tu és?.