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Grupo vocal MP7 mostra "A cor do canto" no Teatro Eva Herz

Acontece neste sábado, 9, e dia 15 próxima sexta, às 20h
JF , Salvador | 09/07/2016 às 13:29
MP7
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O nome do grupo vocal baiano é MP7, mas são cinco os componentes, no palco do Teatro Eva Herz, que fica na Livraria Cultura do Salvador Shopping, com apresentações ainda por mais 2 finais de semana (hoje, dia 8 e sexta 15 de julho; sábado dia 16), sempre às 20h.

Os ingressos custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia, para estudantes e idosos), à venda na bilheteria do teatro e pelo site Ingresso Rápido.

No espetáculo, além do trabalho vocal diferenciado (os integrantes também usam a voz para simular os instrumentos de percussão), destacam-se a direção geral de Andrezão Simões, que conseguiu dar unidade ao repertório e deixou o show leve e a um só tempo profundo; a direção artística de Gabriel Póvoas, com achados de harmonias e contrapontos; a iluminação poderosa de Fernanda Mascarenhas; e o figurino e maquiagem surpreendentes de Rino Carvalho.

A plateia, nos dois primeiros dias (sexta, dia 1, e sábado, 2), acabou com a sensação de que o show poderia durar o dobro de tempo e ainda assim deixaria a vontade de um pouco mais.

No "bis", os pedidos do público se dividem entre "Bicho de 7 cabeças", de Zeca Baleiro, com um arranjo crescente, capaz de causar nos espectadores um arrepio quase palpável, e uma paródia sobre vídeo de MC Melody e sua amiga "top do falsete", momento de maior descontração.

A paródia se funde, inesperadamente, com uma obra-prima do compositor Heitor Villa-Lobos, a ária das Bachianas Brasileiras nº 5.

Outro destaque é para a execução de um clássico de Gilberto Gil, a música "Drão", escrita pelo compositor em 1981. Drão é o aumentativo de Sandra, a terceira mulher de Gil e mãe da cantora Preta Gil.

A música, uma parábola sobre o amor em transformação, marcou o fim do casamento entre Gil e Sandra.
No repertório do MP7 há desde performances e canções consagradas da sua interpretação no YouTube como o vídeo “Stand by Lepo”, a releituras nacionais e internacionais, a exemplo de “Rolling in The Deep”, da cantora e compositora Adele; Stayin' Alive, do grupo Bee Gess, e o rock brasileiro “Que País é Esse”, da Legião Urbana.
Merece atenção o arranjo quase gótico feito para "Hide and Seek", da cantora e compositora britânica Imogen Jennifer Jane Heap, realçado pela iluminação que lembra a luz atravessando vitrais.
Por que MP7, se são 5?
Essa é uma pergunta que sempre fazem ao grupo. Aqui vão 7 explicações, imaginadas pelo público.
1 - Eles ouviram falar de MP3 e MP4, aí somaram os dois.
2 - É que havia um componente para cada dia da semana, mas os do sábado e domingo nunca apareceram.
3 - É que dois têm medo de câmera e na hora de gravar vão vomitar no banheiro.
4 - É que um fica segurando a câmera e o outro segurando o dono da câmera.
5 - É que na hora de dar o nome ao grupo dois estavam bêbados, vendo dobrado.
6 - É que quando o grupo começou só conhecia 7 canções de música popular.
7 - Eles colocaram o nome de sacanagem, só pra gente ficar perguntando por que MP7, se são cinco.
O MP7 é formado por Ananda Andrade (soprano), Guilherme Hübner (baixo), John Gallegos (barítono), Larissa Lacerda (soprano e beatboxer, que assina a maioria dos arranjos) e Sávio Andrade (tenor).