Shows

PAYSSANDU jogou água na fogueira do Vitória 1x0, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

Campeonato da segundona é muito dificil e Vitória saiu do G4
Tasso Franco , da redação em Salvador | 24/06/2015 às 12:34
Payssandu 1x0 Vitória
Foto: O Liberal
   Não foi uma noite de São João feliz para os rubro-negros baianos. O Vitória perdeu de 1 x 0 para o Payssandu, no Mangueirão, em Belém do Pará, com um gol de Carlinhos aos 51 minutos da etapa final, arrematando de longe e a bola desviando no zagueiro Ednei para matar o goleiro Fernando Miguel, adiantado. Minutos antes, o Vitória, a essa altura bem melhor em campo, perdera três chances seguidas claras de gol. 

Com o resultado, o time paraense saltou para a vice-liderança da segundona com 19 pontos ganhos, um atrás do líder Botafogo que ainda não jogou na rodada. O Vitória continua com 16 pontos e a essa altura saiu do grupo dos quatro primeiros,  pois o América (MG), um pouco antes, havia empatado com o Criciúma e foi a 17 pontos, colando no Náutico. O time baiano pode cair ainda mais algumas posições, a depender dos demais jogos da rodada que só começou nessa terça e segue na noite de sexta e no sábado à tarde. 

*

   Jogo fraco

   Tecnicamente não foi um bom jogo, sobretudo pela quantidade absurda de passes errados de lado a lado, mais de 90. O ‘Papão’ do norte foi melhor na primeira etapa, impondo-se na base da correria, chegando mais na área adversária, forçando Fernando Miguel a fazer umas duas boas defesas, nada mais. 

O time baiano voltou melhor na segunda etapa, marcando mais à frente, atacando mais, e criou as melhores chances de gol, sobretudo depois dos 40 minutos, quando a equipe da casa parecia exausta. Mas, num contragolpe e um chute de rara felicidade o Paissandu decidiu, quando o torcedor já se retirava do estádio meio entristecido com a exibição sem brilho da equipe paraense. Um lance de sorte definiu.

*

   O becão Guilherme Mattis, Escudero, Flávio e Mansur, que entrou na segunda etapa, foram os melhores no Vitória.  O goleiro Émerson, o lateral Pikachu, o apoiador Capanema  e o avante Aylon destacaram-se na equipe vencedora.

 **

O  próximo jogo do rubro-negro é o clássico Vi x Ba, no Barradão, no dia 4 de julho, um sábado.



**

   Bahia na Fonte

   Já nesse sábado próximo,  à tarde (16h30), a torcida tricolor se reencontra com o time, na Fonte Nova - Bahia x Luverdense -, pensando no retorno ao grupo dos quatro primeiros colocados. Um ponto apenas o separa da meta. O tricolor terá uma sequência de quatro jogos em Salvador, três na Fonte, o que o favorece. Lá, o tricolor só perdeu para o Ceará, pelo Nordestão. 

O capitão Titi está de volta e todos os atletas, em princípio, estão à disposição do treinador, inclusive o jovem goleiro Jean, retornando da seleção sub-20 onde conquistou, atuando em todas as partidas como titular, o vice mundial, na Nova Zelândia. Volta mais amadurecido. Mas não se sabe se ele jogará ou a camisa 1 continuará com Douglas Pires que, parece, conquistou de vera a confiança dos companheiros e do torcedor.  Douglas tem 23 anos e 1m92 de altura; Jean tem 19 e quatro centímetros a  menos.

*

Grondona assombra

A notícia da semana foi o escândalo envolvendo os cartolas argentinos e o árbitro paraguaio Carlos Amarilla, que teria beneficiado o Boca Juniors no confronto contra o Corínthians pelas oitavas de final da Libertadores da América, edição de 2013. O Corínthians foi flagrante e descaradamente garfado em campo, e  diálogos resgatados do ex-presidente da Federação Argentina, o mafioso Julio Grondona, já falecido, deixam claro que a atuação do árbitro foi encomendada para favorecer o Boca.

Aliás, nas escutas dos diálogos o tal Grondona (desafeto de Maradona) diz que os esquemas de favorecimento aos clubes argentinos na Libertadores vêm de longe, datam dos anos 1960. O Santos (bi-campeão em 1962 e 63) foi estupidamente prejudicado em 1964, numa decisão contra o Indepediente, clube que era dirigido, à época, pelo Grondona. O Santos, da era Pelé, protestou e contestou o resultado radicalmente, retirando em seguida a equipe das disputas seguintes da Libertadores, pois não valia a pena, era prejuízo jogar contra a violência permitida dos rivais e as arbitragens suspeitas. 

O posudo Amarilla, que parece não gostar dos clubes, da seleção e dos jogadores brasileiros, já foi afastado das escalações pela Comissão de Árbitros da Associação Paraguaia de Futebol até que tudo seja esclarecido.  O treinador Titi, do Corínthians, o chamou de ‘safado e corrupto’. Vai dar no quê ? Nem adianta exumar o Grondona, cadáver assombra mas não fala. 

**

Absurdos

Chegam a nove os técnicos demitidos pelos clubes da Série A do Campeonato Brasileiro em apenas oito rodadas da chamada Primeirona.  Foge à razão. 


**

   O deus d’alguns

   Beira o patético a mania atual dos jogadores brasileiros de se ajoelhar no gramado e apontar para os céus agradecendo a deus (?), segundo eles, pelo gol feito. Pergunta-se: os adversários, que levaram o gol, também não são filhos e merecedores da misericórdia divina? E o Criador, com tanta fome e guerra e miséria e injustiças por esse mundão afora, estaria mesmo ligado em jogo de bola?  Deus, que segundo os crentes ‘é fiel’ (a quê?), torce por ou pra quem ? Oh tempos, oh costumes! Perdoai, Pai, eles não sabem o que fazem. 

**