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Tasso Franco , da redação em Salvador |
20/03/2014 às 08:00
Prefeitura tem projeto que agride o meio ambiente em Vilas do Atlântico
Foto: BJÁ
A Assembleia Geral para a Comunidade do Loteamento de Vilas do Atlântico, realizada no Vilas Tênis Clube, 10/3, foi organizada, convocada e presidida pela SALVA – Sociedade Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico, representante oficial e genuína da população deste Loteamento, conforme Estatuto registrado no Cartório de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas, livro A6, página 827, em 03/04/2003 e em consonância com a sua Missão: “promover melhoria contínua da qualidade de vida da Comunidade do Loteamento Vilas do Atlântico”.
O objetivo dessa Assembleia foi colocar o prefeito Márcio Paiva e o seu secretariado, frente a frente com a Comunidade deste Loteamento, para abordar sobre o “Projeto de Requalificação da Orla de Vilas do Atlântico” e esclarecimentos sobre o aumento do IPTU.
Vale esclarecer que, embora poucos moradores criticassem a omissão da SALVA, quanto a esse projeto, esta Associação desconhecia da existência do mesmo, recebendo apenas algumas informações, ainda assim informais, tanto que foi feito uma correspondência para o Prefeito, solicitando maiores esclarecimentos sobre o referido, a qual foi publicada na página 114, da edição 181, mês de fevereiro de 2014, da Revista Vilas Magazine.
A exposição do projeto da Requalificação da Orla de Vilas foi feita pela Secretária da SEPLAN, porém gerando muitas dúvidas e descontentamento aos presentes, que se manifestaram contrários ao referido projeto. Portanto, se a SALVA representa a Comunidade de Vilas do Atlântico, sua posição é a mesma tomada pelos participantes na Assembleia citada.
PROJETO COMPLEXO
Na avaliação da SALVA, o projeto é complexo, pouco viável e motivo para muitas reclamações da população do Loteamento, principalmente nos pontos analisados:
1. Para a ampliação da largura do Calçadão de Vilas, de 3,5 para 12 metros, seria necessário o corte dos terrenos das residências, ali instalados, em, pelo menos 3 metros. Além da revolta natural dos moradores do Calçadão, a decisão desse corte pertence ao poder da União, a ser definida pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU);
2. A instalação de oito quiosques, com a retirada das barracas, em nada resolveria o problema dos barraqueiros e instalaria uma situação mais complicada para os moradores;
3. A transformação das rotatórias das ruas transversais ao Calçadão, que funcionam como acesso à praia, em espaços para ambulantes, além de não atenderem às necessidades dos frequentadores, transformar-se-iam em centros comerciais informais, ampliando-se os problemas já existentes com esses ambulantes;
4. Quanto ao estacionamento proposto, em Ipitanga, com 888 vagas, ficaria muito distante da praia de Vilas do Atlântico, principalmente para os idosos e cadeirantes, considerando que a extensão do Calçadão é de dois quilômetros.
A SALVA também lamenta a demolição das barracas, algumas com estruturas de grandes restaurantes, principalmente:
1. Por alguns barraqueiros serem associados da SALVA;
2. Pelo extraordinário serviço prestado, há muitos anos, aos frequentadores do Calçadão, quer sejam deste Município, quer sejam turistas brasileiros e estrangeiros;
3. Pela diluição de patrimônios elevados, para a maioria dos barraqueiros, representando investimentos de uma longa existência;
4. Pelo problema social a ser criado, quando centenas de profissionais, muitos deles treinados pelos próprios donos das barracas, perderão seus empregos.
Mas, o Projeto de Requalificação da Orla de Vilas do Atlântico é apenas uma das preocupações da SALVA. As funções desta Associação são bem mais abrangentes. No início desta gestão (2013/2014) a SALVA elaborou um planejamento estratégico para atender ao Loteamento de Vilas do Atlântico, o qual foi aceito e aprovado pelo atual gestor executivo, Dr. Márcio Paiva, comprometendo-se para a execução do mesmo, cujas atividades e ações destacavam-se, entre outras:
Implantação do sistema de esgotamento sanitário;
Recapeamento do asfalto de Vilas do Atlântico;
Revitalização e manutenção do Calçadão de Vilas;
Manutenção da limpeza do Rio Sapato, em Vilas;
Proteção e cuidados com os animais de rua;
Revitalização do Parque Ecológico de Vilas;
Reestudo e solução da mobilidade urbana de Vilas;
Educação Ambiental e cuidado com o Meio Ambiente de Vilas;
Regularização da coleta de lixo (normal), varrição das ruas, poda periódica das árvores e implantação da coleta seletiva de resíduos sólidos de Vilas do Atlântico;
Reordenamento das calçadas de Vilas (públicas e particulares);
Melhoria da Segurança de Vilas do Atlântico;
Solução para a grande quantidade de ambulantes existentes em Vilas;
Reordenamento das áreas comerciais e residenciais de Vilas;
Revitalização das placas orientadoras das ruas de Vilas;
Disciplinamento das publicidades nas áreas públicas, com ordenação na colocação de faixas, cartazes e outdoor, em Vilas do Atlântico;
Transferência das barracas de frutas e verduras e da baiana do acarajé da praça junto ao Parque Ecológico e revitalização dessa praça;
Solução definitiva para o roteiro dos transportes públicos de Vilas do Atlântico;
Orientação para com o estacionamento de veículos, em finais de semana, que ocupam a frente das garagens das residências locais;
Eliminação da poluição sonora, até altas horas da noite;
Atuação mais ostensiva dos guardas municipais;
Melhoria dos meios fios de Vilas do Atlântico (troca dos quebrados, colocação de novos e pintura);
Aumentar o número de câmeras em Vilas do Atlântico, integradas à Central de Segurança de Lauro de Freitas;
Requalificar a iluminação pública;
Revitalização da praça, entre a Igreja Católica e o Colégio Apoio, em Vilas.
Decorridos quatorze meses, lamentavelmente muito pouco foi realizado por esta gestão pública, embora a SALVA mantenha, permanentemente, pressão, cobranças, denúncias e reuniões com as diversas secretarias e, também, com o próprio Prefeito.
Assim, a SALVA continuará exercendo suas funções, embora a pressão sobre a gestão pública dependerá do apoio da Comunidade de Vilas do Atlântico, lembrando que esta população muito contribuiu para a eleição do Senhor Prefeito e, por isso, tem o direito de exigir o cumprimento das promessas de campanha.
COORDENAÇÃO EXECUTIVA DA SALVA