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MORADORES DE VILAS desaprovam ampliar calçadão para quiosques e bares

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Tasso Franco , da redação em Salvador | 14/03/2014 às 15:26
Moradores não aceitam projeto da Prefeitura
Foto: BJÁ
  Os moradores da Orla Atlântica em Vilas do Atlâncio, Lauro de Freitas, são contrários ao Projeto da Prefeitura apresentado pelo prefeito Márcio Arapongas na última segunda-feira, à noite, no Clube Vilas, de ampliar o calçadão de 2 metros para 5 metros ocupando faixa de terra onde estão os gramados das casas.

   Segundo a Prefeitura a medida é preventiva diante da iminente ação da Justiça Federal em retirar da orla de Lauro, como aconteceu em Salvador e já ocorreu em Ipitanga, todas as barracas que estão na praia ou em áreas bem próximas da praia ocupando terrenos da União (Marinha). 

   O pré-projeto prevê a instalação de quiosques nessa área a ser ampliada, assim como bares, restaurantes e outros. Os moradores são contrários porque será o fim da paz no local, aumento da violência e uso de um espaço que é privatido (ou dos moradores ou da Marinha) para ocupação comercial.

   Já foi criada uma associação específica só para essa área (já existe a Salva, uma associação mais ampla, de todos os moradores), chamada de Amova, presidida pela médica Janaina Ribeiro.

   A presidente externou em A Tarde a posição contrária da Amova e disse que a Prefeitura vem desrespeitando um TAC firmado com a União quando o loteamento foi criado. Diz que os moradores preservam as áreas verdes como muita dedicação, não constroem nada nesses locais, e seria uma calamidade o que deseja a nova administração de Lauro.

  DIFERENTE DE SALVADOR

   Vilas do Atlântico tem apenas 6 barracas de praia com boa estrutura e seus moradores têm condições de relocar seus estabelecimentos, sem a necessidade de ampliação do projeto calçadão. São empresários com boa capacidade financeira, alguns dos quais, têm terrenos na própria orla e que hoje funcionam como estacionamento, caso da Odoya.

   Daí que não comparativos com a orla de Vilas e a de Salvador que estava favelizada. Situação mais dramática envolve os barraqueiros de Burraquinho, estes, sim, mais pobres.