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Lingeries para 'aquecer' a economia do inverno e usar no verão

O que vai rolar para ser usado no verão
O DIA , Nova Friburgo | 31/07/2013 às 11:14
Rio - A partir deste domingo, Nova Friburgo vira a capital da moda íntima do país. Durante três dias, a cidade recebe a 23ª edição da Feira Brasileira de Moda Íntima, Praia, Fitness e Matéria-Prima (Fevest), que espera atrair cerca de 8.500 visitantes e gerar R$ 50 milhões em negócios. A expectativa é de um crescimento de 20% em relação ao ano passado.

Já no primeiro dia do evento haverá o lançamento do Senai Espaço da Moda, promoção da Firjan, com inauguração prevista para o primeiro semestre de 2014. O objetivo é atender às necessidades da indústria têxtil da região.

Para Marcelo Porto, presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo (Sindvest), o crescimento da feira é reflexo do desenvolvimento desse setor no município, que se consolidou como principal polo de moda íntima no país. “Os empresários locais se uniram e há um esforço para que a indústria se desenvolva cada vez mais”.

Conforme Valéria Lattanzi, uma das organizadoras do evento, a feira atrai consumidores de todos os estados, além de estrangeiros. “Os principais compradores são as grandes redes de varejo, além de lojistas e grifes que vêm desenvolver coleções com as confecções”, explica. As revendedoras autônomas têm menor representatividade na feira. Mas elas são importantes para o comércio na cidade durante o ano inteiro.

Moda que gera 20 mil 
empregos e quer crescer

O polo de moda íntima de Nova Friburgo conta hoje com 1.500 pequenas e médias empresas. Essa indústria corresponde a 47% da economia da cidade e é responsável por 25% da produção brasileira. E para completar, gera 20 mil empregos, sendo oito mil diretos e 12 mil indiretos.

De acordo com Rita Tardin, proprietária da loja e da confecção Tardene, em Friburgo, o polo de moda íntima no país está em expansão. “É um mercado muito atrativo, principalmente por estar ligado ao desejo, à sensualidade. Além disso, trabalhar com as mulheres é muito bom, porque elas são boas compradoras”, afirma.

Tendo em vista as possibilidades de crescimento do setor, a Tardene vai lançar em breve uma coleção para as gordinhas, com tamanhos que variam de 44 a 48. “Recebíamos muitos pedidos por tamanhos maiores de espartilhos. A ideia é vender lingerie para a mulher real, com modelos que valorizem o corpo, sem ser vulgar”, diz.

A moda fitness também é um segmento que vem crescendo no país. Proprietário da Nitrato NO3, Ronaldo Barbosa explica que esse tipo de roupa deve acompanhar as tendências da moda. “A tecnologia também é fundamental. Trabalhamos com tecidos que reduzem o impacto da musculatura na hora do exercício, têm propriedades antibactericidas e estimulam a oxigenação”, conta.

De acordo com ele, o maior problema é encontrar mão de obra qualificada para trabalhar com os materiais específicos para as roupas de ginástica. Por isso, os funcionários — todos moradores do município — são treinados gradativamente pela própria fábrica.

A Fevest é a porta de entrada de novos compradores na cidade. Mas, segundo Valéria Lattanzi, sua importância vai além das confecções. “A feira promove um crescimento do setor hoteleiro, gastronômico e gera emprego para prestadores de serviço da cidade, como maquiadores, fotógrafos e transportadoras. Desde abril tem muita gente trabalhando”, conta ela.