Shows

Blocos afro vão poder produzir mais suas indumentárias e instrumentos

Edital do Empreendedorismo Negro vai incrementar a indústria do Carnaval
Setre Ascom , Salvador | 14/05/2013 às 19:21
Debate aconteceu na senzala do Barro Preto, na Liberdade, sede do Ilê Aiyê
Foto: Guilherme Silva
Representantes dos segmentos de blocos afro, músicos de Hip Hop e da produção cultural baiana apresentaram, nesta terça-feira (14), as suas propostas de conteúdo para o edital do Empreendedorismo Negro, a ser lançado, ainda este ano, pela Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).O encontro aconteceu na Senzala do Barro Preto (sede do Ilê Aiyê), no Curuzu.

 Com esse edital a Setre visa proporcionar novas oportunidades de desenvolvimento, fortalecimento e inclusão dos afrobrasileiros no processo  produtivo estadual, principalmente nas políticas públicas de promoção da igualdade racial e de gênero.

Osvalrizio do Espírito Santo, diretor do Ilê Aiyê, destacou a importância da discussão com os segmentos afro antes da confecção do edital. E ficou feliz por abrir as portas da Senzala do Barro Preto para um encontro como este. “O trabalho que fazemos aqui na comunidade é muito importante, e esse apoio da Setre vai possibilitar a ampliação de nossa atuação.  Temos uma fábrica de instrumentos percussivos, fabricamos a nossa própria fantasia, e  temos até uma cozinha industrial. Além disso, oferecemos vários cursos profissionalizantes aos nossos jovens”.

Giovane Sobrevivente, que representou o pessoal do Hip Hop disse que em Salvador existem várias associações que fabricam bonés, camisetas e bermudas para os adeptos  desta linha cultural e festejou o fato de a Setre dar voz aos seguidores desse movimento musical em audiência pública. “Em São Caetano, por exemplo, tem o grupo São Caetano Resistência, que  realiza um excelente trabalho de empreendedorismo com os próprios membros da associação. Com a chegada dos recursos públicos as  oportunidades de crescimento se ampliam”.

 Nesta quarta, dia 15, a reunião é com o segmento de moda, arte e estética; e, no dia 25, será a vez das baianas de acarajé.  “Estamos dialogando com esses segmentos, que lidam com economia solidária e geração de renda, em busca de sugestões para o edital”, disse Juciele de Santana técnica da Setre, que coordenou os trabalhos. Outro segmento da matriz africana também a ser ouvido são os quilombolas. A data ainda não esta definida. O edital do Empreendedorismo Negro é  mais uma ação do programa Vida Melhor de inclusão sócioprodutiva e atua no fomento a empreendimentos individuais e familiares da economia informal.