Salvador se programa para promover um bom Réveillon de praia, que será realizado nos 75 Km que compreendem a Orla Atlântica e a da Cidade Baixa. Nesta quarta-feira, 24, o prefeito João Henrique reuniu-se com ex-barraqueiros e secretários municipais para definir as estratégias de organização do Réveillon 2011, que vai ocorrer no Farol da Barra, nas Ilhas e em Cajazeiras, além de outros cinco pontos na orla.
João Henrique considerou o encontro bastante positivo, destacando que a festa será uma ação coletiva, configurando-se como um produto turístico da capital baiana. "Estamos dando o primeiro passo para concorrer diretamente com o Réveillon do Rio de Janeiro", observou.
A realização da festa foi autorizada pela Procuradoria da União. Em toda a orla, serão instalados 308 toldos brancos, com a distância mínima de 50 metros entre si. Entre o Porto da Barra e a Praia do Flamengo, haverá 233 desses equipamentos, e na Orla da Cidade Baixa, 75.
Foram definidos três modelos para os equipamentos, de acordo com as características geográficas de cada praia. A União também determinou que os toldos deverão ser montados no dia 31 dezembro e retirados até o dia 2 de janeiro de 2011. Esses 308 pontos de comercialização serão explorados pelos ex-barraqueiros que atuavam nas respectivas praias.
A iniciativa da Prefeitura Municipal trouxe aos permissionários novas perspectivas de trabalho na orla. "Acreditamos que a realização do Réveillon abre um precedente para que possamos conseguir autorização para aturamos em outras ocasiões", destacou o presidente da Associação dos Barraqueiros, Alan Revelato.
O presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Claudio Tinoco, considera de tamanha importância a realização da festa em toda a extensão da orla, destacando que nos últimos três anos Salvador atingiu 95% de ocupação da rede hoteleira no período.
Também participaram da reunião os titulares das secretarias de Serviços Públicos e Prevenção à Violência, Fábio Mota, e de Transportes e Infraestrutra, Euvaldo Jorge. Outros participantes presentes foram o presidente da Fundação Gregório de Mattos, Ipojucã Cabral, e a presidente da Fundação Mário Leal, Vilma Lage, os superintendentes da Transalvador, Renato de Araújo, e da Superintendência de Conservação e Ordenamento e Uso do Solo do Município, Claudio Silva, e o superintendente interino da Superintendência de Prevenção à Violência, o Coronel Roberto Fiuza.
Baianas de acarajé têm autorização para atuar na Orla
Durante a reunião, o secretário da Sesp, Fábio Mota, confirmou que, segundo a norma municipal, as baianas de acarajé continuam autorizadas a atuar na Orla Atlântica e na Orla da Cidade Baixa, mas comercializando apenas os tradicionais quitutes do tabuleiro, como acarajé, abará, bolinho de estudante e passarinha.
O secretário destacou também que as baianas não podem comercializar bebidas de nenhum gênero, com ou sem álcool. A decisão é importante para delimitar a área de atuação de cada comerciante da Orla. Com a determinação, a Prefeitura impede a existência de conflitos entre baianas e os permissionários, situação que estes enfatizaram na reunião.
Alguns ex-barraqueiros reclamaram ontem que as baianas também contribuem para a sujeira na praia ao vender seus quitutes em pratos descartáveis e não se preocupar em recolhe-los após o uso pelos clientes. Outra informação foi que as baianas também estão disponibilizando mesas e cadeiras sem autorização, restringindo o espaço do banhista.
Ainda segundo o secretário, a Sesp tem em seu cadastro aproximadamente 600 baianas devidamente regulamentadas, com pontos determinados pela secretaria em toda a capital baiana. Desse total, 100 estão autorizadas a atuar na Orla. Com essa delimitação espacial, é possível a melhor fiscalização da atividade, bem como a organização do espaço urbano.