O prefeito César Maia, do Rio de Janeiro, está sacaneando mais uma vez com os baianos e em particular com Salvador, ao dizer que o Rio de Janeiro volta a ser o 1º Carnaval de rua do país, passando a rasteira em Salvador.

   Maia, que é especialista em factóides e tem um forte suporte na imprensa nacional (a nota sobre Carnaval saiu em Ancelmo Góis, O Globo), atesta que o Rio, até 2000, perdia para Salvador.

   Mas, a partir de 2001 a tendência começou a mudar. Agora, segundo o prefeito do Rio, a estimativa é de que todos os blocos e bandas do Rio somadas arrastam 3.5 milhões de foliões.

   Cruz credo.

   Maia diz que mesmo com a duplicidade, aqueles que saem em dois blocos, o número atinge 3 milhões. E mais: que é tudo de graça e sem cordas, sem violência. E tome saracoteio em Salvador e nos baianos.

   Se o prefeito de Salvador não reagir, sabe como é, o Carnaval de Salvador acaba ficando mesmo em segundo ou terceiro lugar. Recife já levou metade da TV Band para transmitir seu Carnaval e o Galo da Madrugada já é o maior bloco carnavalesco do mundo.

   Salvador, portanto, tem que se mexer. O mundo é midíático e está pouco interessado nos valores culturais. Mas, só pra dar um exemplo, temos aqui também para efeito de factóide o maior bloco arnarquista do mundo, a Mudança do Garcia, este ano, aliás, regimentalmente comportado. E o maior bloco de homens vestidos de mulher, As Muquirana. 

   E o que é mesmo que somos o maior do mundo?

   Haja sacanagem e anarquismo. O povo que vá se queixar do bispo.