Quando se pensa que já se assistiu tudo no Carnaval de Salvador eis que, o ator Lázaro Ramos, o Foguinho da novela global Cobras & Lagartos, se apresentou no trio elétrico Ó Pai Ó capitaneado por Caetano Veloso e Davi Moraes e interpretou (até muito bem afinado) uma música que fala no Olodum, grupo carnavalesco onde o ator se iniciou na arte teatral em seu bando. De certa forma foi uma surpresa para a maioria das pessoas presentes no circuito Barra/Ondina até porque Lázaro é conhecido, hoje, em todo Brasil televisivo graças a sua atuação como ator.
Caetano Veloso que estava no trio fazendo a interpretação da música Ó Pai Ó (que no bom baianês significa opaí oh! ou seja veja o que está acontecendo ou veja o que você fez!) ficou até surpreso com o sólo de Lázaro e juntou-se a ele com Jauperi para uma interpretação conjunta. Aliás, o grupo que já vinha cantando desde o farol o frevo Ó Pai Ó, com Emanuele Araújo e Davi Moraes no sólo da guitarra baiana deu um show.
São esses encontros que dão vida especial ao Carnaval de Salvador. E, para não dizer que só foi isso, incorporou-se ao quarteto Zezé de Camargo, o qual, com sanfona à frente dedilhou um frevo pernambucano com Davi Moares numa homenagem a esse ritmo que está completando 100 anos de existência.
Ó PAI Ó
O trio Ó Pai Ó com motivos tropicalistas está fazendo Carnaval e divulgando o filme (a ser produzido pela diretora Monique Gazemberg) e a música que é belíssima, de autoria de Caetano e Davi Moares (filho do velho Moraes Moreira, o qual, se bandeou para o Carnaval de Recife faz anos).
Falando, pois, em Moares, Nara Gil (filha de Gilberto Gil) interpretou com Caetano várias músicas carnavalescas do chamado frevo baiano, da época em que consagrou Moares na Praça Castro Alves e Davi era ainda um menino ou projeto de guri.
APARTHEID
Caetano está curtindo com a família o Carnaval de Salvador (ano passado foi para Olinda/PE) e disse, entre outras coisas, abordado sobre as questões das desigualdades sociais da capital baiana que é preciso acabar com essa idéia (ou afirmações) de que há um apartheid social em tudo na Bahia.
COMENTÁRIO
O Bahia Já concorda com a declaração de Caetano, pois, aqui na Bahia na falta de argumentos para qualquer análise mais consciente sobre a questão dos negros-mestiços e sua inserção em melhor nível de renda na sociedade, e outras coisas mais, o argumento ou falta de argumento é sempre nessa direção, ou então de racismo institucional e outras bobagens.

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