O Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) realizou a primeira trombectomia mecânica para Acidente Vascular Cerebral (AVC) da rede pública do Estado da Bahia. Ocorrido no final de agosto, o procedimento foi um sucesso e o paciente já recebeu alta médica.
A trombectomia mecânica, que representa um avanço no tratamento de pacientes com AVC, é uma técnica que permite a remoção do trombo responsável pelo bloqueio do fluxo sanguíneo no cérebro de forma minimamente invasiva. Realizado na Hemodinâmica, o procedimento pode reduzir o tempo de recuperação e as chances do paciente ter sequelas.
Coordenador da unidade de AVC, o neurocirurgião Pedro de Jesus explica que a técnica consiste na utilização de um dispositivo mecânico inserido através de um catéter para desobstruir o vaso, permitindo que o sangue circule normalmente no cérebro. O médico informou ainda que o tratamento foi recém inserido no Sistema Único de Saúde (SUS) e destacou que o HGRS já está dando os primeiros passos para oferecer um serviço inovador no tratamento do paciente com a doença.
Treinamento
Após a realização das primeiras trombectomias na Unidade, a equipe de neurocirurgia do HGRS promoveu, nesta terça-feira (17), um treinamento sobre Perfusão no Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. A formação tem como objetivo capacitar a equipe multiprofissional do hospital responsável pelo serviço de trombectomia, grupo que inclui médicos, enfermeiros, residentes e profissionais da Hemodinâmica.
Presente no evento, o subsecretário da Saúde, Paulo Barbosa, lembrou que o HGRS é pioneiro no tratamento do Acidente Vascular Cerebral, pois foi o primeiro a implantar uma Unidade de AVC na rede pública do Estado. Ele pontuou ainda que a realização da primeira trombectomia mecânica no HGRS reforça o compromisso da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) com a inovação e a excelência no atendimento, consolidando a posição do HGRS como referência em alta complexidade de neurologia no estado.
"No nosso esforço de melhorar a realidade do tratamento de AVC no Estado, a gente imagina que o Roberto Santos tem papel especial, pelo amadurecimento do projeto daqui, que já possui 12 anos. É uma unidade que tem um corpo de pessoas que pode nos ajudar no sentido não só da elaboração de protocolos, mas também da capacitação de pessoas, de toda equipe multiprofissional necessária para os casos de AVC", afirmou.
A diretora geral do Hospital Roberto Santos, Lucrécia Savernini, salientou que a implantação do serviço é resultado de um trabalho conjunto. “Contamos com o apoio e o incentivo da Sesab para implementar estas inovações tecnológicas, sempre pensando em oferecer um melhor atendimento ao paciente”, pontuou.