A importância da alimentação saudável para o bem-estar geral e prevenção de doenças é amplamente reconhecida. No entanto, um aspecto menos explorado, mas igualmente relevante, é a adaptação das necessidades nutricionais de acordo com as diferentes fases da vida.
A ingestão adequada de nutrientes é crucial para a saúde e o desenvolvimento humano, mas as demandas nutricionais variam significativamente com a idade. Durante a infância e a adolescência, por exemplo, as necessidades nutricionais aumentam para apoiar o crescimento rápido e o desenvolvimento. Nutrientes como o cálcio e a vitamina D são essenciais para promover a saúde óssea e o desenvolvimento adequado.
Na fase adulta, a manutenção de uma alimentação equilibrada e saudável também é necessária para prevenir doenças crônicas, como patologias cardíacas e diabetes. Porém, durante a gravidez e a amamentação, as necessidades mudam novamente. A ingestão adequada de nutrientes como ferro, ácido fólico e DHA torna-se essencial para apoiar o desenvolvimento saudável do feto e a saúde da mãe.
À medida que as pessoas envelhecem, suas necessidades continuam necessitando de adaptações. Os idosos, por exemplo, podem precisar de mais proteínas, vitamina B12 para manter a massa muscular e o sistema nervoso equilibrado.
“As nossas necessidades não são estáticas. Elas evoluem conosco, mudam com cada fase da vida. Infância, adolescência, idade adulta e terceira idade têm demandas nutricionais diferentes. A gravidez e o aleitamento também requerem ajustes na dieta”, explica Alessandra Feltre, nutricionista da Puravida.
A especialista ressalta a importância da individualidade nutricional, dizendo que “não há uma fórmula única que sirva para todos”. Por isso, é vital levar em consideração os aspectos individuais, genéticos e de estilo de vida de cada um.
“Estudos têm mostrado que a nutrição personalizada pode desempenhar um papel chave na prevenção de doenças crônicas. Por isso, o acompanhamento com um profissional da nutrição é importante. Em consultório vamos avaliar se você faz atividade física, se é sedentário ou se tem alguma restrição alimentar para que as vitaminas, gorduras, fibras, minerais e proteínas sejam adaptadas no cardápio. Caso necessário, o paciente pode sair com uma prescrição de suplementação para alcançar todas as metas”, afirma a nutricionista.
Alessandra sugere que, ao buscar uma dieta equilibrada, não se deve apenas pensar nos nutrientes, mas também na qualidade dos alimentos consumidos. “Não se trata apenas de contar calorias, mas sim de escolher alimentos que vão trazer benefício para o organismo como um todo”, conclui.