Saúde

CEARENSES PARTICIPAM DO 1ª FESTIVAL DE DRAGON BOAT EM BRASÍLIA

Cearenses participam do 1ª Festival de Dragon Boat de Mulheres Sobreviventes do Câncer de Mama em Brasília
Richardson de Sousa , Salvador | 24/10/2022 às 18:06
Cearenses participam do 1ª Festival de Dragon Boat em Brasília
Foto: Divulgação

Marcando o radar nacional de eventos e iniciativas que se relacionam ao Outubro Rosa, a primeira edição do Festival de Dragon Boat acontece nos próximos dias 26 e 29 de outubro, nas águas do Lago Paranoá, em Brasília. O evento inédito reunirá cerca de 400 mulheres que venceram o câncer de mama e se dedicam à prática da canoagem, aliada em seu processo de recuperação. O Dragon Boat é uma embarcação de remo coletiva originária da China que hoje faz parte de inúmeras iniciativas de reabilitação de mulheres sobreviventes ao câncer de mama. 

Será a primeira vez que o Ceará estará presente na competição, sendo representado por uma equipe de 14 remadoras, que vivenciam a prática esportiva diariamente. Toda a programação do festival acontece no Clube Ascade, em Asa Sul, Brasília, e conta com a presença de 27 equipes de todo o Brasil, além das equipes internacionais de seis países: Panamá, Argentina, Canadá, Estados Unidos, Colômbia e Chile. A recepção será feita pelas Remadoras Rosas da capital, participantes da Associação Canomama.


Para Lucinha Simões, remadora competidora cearense, participar do Dragon Boat é um sonho que ela nunca havia imaginado. “Eu e mais 400 mulheres diagnosticadas com essa doença estaremos juntas vivenciando momentos de interação e alegria, no lago Paranoá, que é o cartão postal de Brasília. Eu, uma ex-atleta dos tempos estudantis, agora uma atleta internacional no auge dos meus 58 anos e curada do câncer! É o melhor sonho da vida!”, celebra.


Ana Paula Gomes, também remadora competidora cearense, destaca também a importância da interação entre mulheres diagnosticadas com a doença. “Será um presente que ansiosamente esperei, um sonho que em breve será realizado. Estar junto com mulheres que superaram o câncer de mama será um aprendizado excepcional”, ressalta.


Benefícios da prática


O hábito de praticar remadas para mulheres com câncer de mama foi introduzido em 1996 pelo médico Donald C. McKenzie, que trabalhando com um grupo de pioneiras, comprovou que o movimento rítmico e cíclico do remo fazia uma espécie de drenagem linfática natural, favorecendo a prevenção do linfedema que comumente ocorre após tratamentos de câncer que envolvem cirurgia de mastectomia e radioterapia.