Profissionais que integram a Chapa 1 – Luta Médica, que concorre às eleições para o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), manifestam solidariedade aos médicos e médicas residentes de Camaçari que tiveram seus campos de prática interrompidos pela Prefeitura de Camaçari, após a Secretaria de Saúde do município (Sesau) encerrar, no dia 31 de março, convênios com os Programas Integrados de Residência em Medicina de Família e Comunidade e Multiprofissional em Saúde da Família da Fundação Estatal Saúde da Família (FESF-SUS) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-BA) pode gerar graves impactos para a população camaçariense que depende dos profissionais para ter atendimento básico de saúde.
Victor Rocha Santana, que é Médico da Família e Comunidade e concorre à eleição para o (Sindimed) pela Chapa 1 - Luta Médica, lembra que, no mês de dezembro de 2021, a SESAU de Camaçari revisou os valores e renovou o convênio com o programa de residência para o próximo ciclo e agora decide pelo encerramento, argumentando um suposto critério de economicidade, quando se sabe que uma atenção básica fortalecida com profissionais especialistas na área reduz internações e previne doenças graves.
“Foi realizado o processo seletivo de uma nova turma de médicos residentes para o ano de 2022, mas a decisão de encerramento repentino do convênio deixará equipes de Saúde da Família incompletas e dezenas de residentes sem ter como realizar as atividades práticas. Estamos tentando retomar o Sindimed para que o nosso sindicato volte a se comprometer com essas lutas em defesa dos médicos, do SUS, da atenção básica e da especialização médica e multiprofissional no formato de residência." Frisou Dr. Victor, ao solidarizar-se com os colegas que atuam em Camaçari.
O rompimento de acordos firmados entre a prefeitura e programas de residência médica pode gerar impactos a longo prazo para a saúde da população. "Para além do encerramento do convênio, essa decisão da Secretaria de Saúde de Camaçari, baseada apenas na economia, prejudica a formação de novos profissionais e, consequente, a entrada de novos médicos no mercado, afetando diretamente a população mais vulnerável que deixará de receber a assistência médica em diversas especialidades," conclui Dr. Victor.