Silêncio estarrecedor
Tasso Franco , da redação em Salvador |
01/10/2021 às 11:48
Obra deveria ter ficado pronta em 2020
Foto: BJÁ
Representantes da comunidade negra de Salvador - inclusive a secretária da Cultura, Arani Santana - defendiam constantemente que o governo da Bahia deveria ter uma política de proteção aos negros de forma diferenciada diante da anemia falciforme, uma doença hematológica hereditária que deforma as hemácias e quando não devidamente tratada provoca a morte.
Um caso embelmático no estado foi a morte da então prefeita de São Francisco do Conde, Rilza Valentim, em 2014, uma política petista negra de futuro brilhante pela frente e que faleceu jovem, internada no Hospital Aliança, numa emergência.
O governo do estado prometeu - não ncessariamente em relação a este caso de Rilza - construir um Centro dedicado especificamente a esta doença - Centro para a Bahia - a ser instalado na Av Centenário, Salvador, e até agora não aconteceu. Foi colocada uma placa num prédio do antigo INSS no local com data para conclusão da obra em 2020. E nada, Ficou na placa até o monento.
O que causa surpresa é que a comunidade negra - os movimentos sociais e as entidades que lutam em defesa da negritude - nada falam. Estão mudos. Nem dos políticos do PCdoB e do PSB que abordam tanto o assunto, também calados. O PT, idem. O presidente do Diretório Salvador é um negro. Nada fala.
É isso!