Previsão do Ministério da Saúde até final de maio
Tasso Franco , da redação em Salvador |
01/05/2021 às 09:48
Ministro Marcelo Queiroga, em coletiva
Foto: Tony Wintson
O Brasil deve receber em maio, caso as estimativas sejam concretizadas, 34,5 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, segundo o último cronograma divulgado pelo Ministério da Saúde. A previsão soma doses das vacinas Oxford/Fiocruz, CoronaVac/Butantan, Pfizer/BioNTech e, também, as recebidas pelo consórcio Covax, iniciativa liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) que tem como objetivo garantir um acesso mais igualitário às vacinas.
O documento atualizado na quarta-feira (28) teve um aumento de 2 milhões de doses. A previsão anterior, do dia 24 de abril, indicava a chegada de 32,4 milhões de doses.
De acordo com o Ministério da Saúde, neste fim de semana são esperadas 4 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca compradas via consórcio Covax Facility: serão 220 mil no sábado (1º), e no domingo (2) outras 3,8 milhões de doses.
Ministério da Saúde conseguiu antecipar 2 milhões de doses de vacinas Covid-19 pelo consórcio Covax Facility e, com isso, o Brasil irá receber, em maio, 4 milhões de doses do imunizante da AstraZeneca/Oxford. A informação foi confirmada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e pelo secretário-executivo, Rodrigo Cruz, após a 3ª reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19, realizada no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (28/4).
“O nosso objetivo é vacinar a população brasileira de maneira mais célere possível”, afirmou Queiroga. “O trabalho em conjunto do ministério com a OPAS resultou na antecipação de 2 milhões de doses que estão fazendo um total de 4 milhões de doses para maio e um total de 34,4 milhões de doses”, projetou Cruz.
O Brasil possui 42,5 milhões de doses de vacinas acordadas com o consórcio global Covax Facility, coordenado pela Aliança Global de Vacinas (Gavi) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para facilitar o acesso de imunizantes contra a Covid-19 em todo o mundo. Em um primeiro momento, foram destinadas 9,1 milhões de doses da AstraZeneca/Oxford, fabricadas na Coreia do Sul – dessas, pouco mais de 1 milhão chegaram ao País em março. Outras 4 milhões de doses do mesmo imunizante estão previstas para o terceiro trimestre. Além disso, já estão destinadas ao Brasil 842 mil doses da vacina da Pfizer/BioNTech, que devem chegar até junho, também via Covax.
Além disso, nesta quinta-feira (29/4), o Ministério da Saúde também receberá 1 milhão de doses da vacina da Pfizer, fruto do acordo direto entre a pasta e o laboratório que prevê 100 milhões de doses até o fim de 2021.
BALANÇO DA PANDEMIA
Durante coletiva de imprensa, o ministro da Saúde afirmou que o Brasil vive um momento de queda dos casos, dos diagnósticos e, consequentemente, de óbitos. Mas fez um alerta:
“Os óbitos estão caindo, mas ainda estamos com um número elevado. Porém, essa queda é importante por causar uma menor pressão sob o nosso sistema de saúde e diversos estados já têm uma situação mais confortável de disponibilidade de leitos em terapia intensiva, além de insumos estratégicos, como oxigênio e os medicamentos que integram o chamado kit intubação”, detalhou Queiroga.
O ministro também pontuou que o Governo Federal está atento a todos as medidas para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das iniciativas aconteceu nesta terça-feira (27/04), com a chegada de 14 carretas que foram importadas do Canadá pela White Martins para reforçar a capacidade de distribuição de oxigênio medicinal no Brasil. Outra ação é chegada de mais medicamentos de intubação orotraqueal (IOT), doados por um grupo liderado pela Vale e outro pelo Governo da Espanha.