A unidade de pronto atendimento (UPA) Santo Antônio, na Cidade Baixa, encerra 2020 com a capacitação sobre os protocolos de infarto agudo do miocárdio (IAM), bloqueio atrioventricular (BAVT) e seus fluxogramas, em parceria com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Inaugurado em 26 de junho deste ano, o equipamento já conseguiu reduzir em quase 50% o tempo de espera para esse atendimento na porta.
Até o último mês de outubro, o tempo de espera na porta da UPA Santo Antônio para a realização de um eletrocardiograma (ECG) – principal ferramenta para diagnóstico do IAM – era de 58 minutos. Com a elaboração e implantação de planejamento estratégico, que envolve educação permanente, essa espera caiu para 25 minutos.
A expectativa, de acordo com o coordenador de enfermagem da unidade, Oscar Bonfim, é de que, em 2021, o tempo fique ainda melhor. “Os treinamentos são de suma importância para equipe de saúde, pois cada três minutos de espera para o paciente representa menos 11 dias de vida, segundo estudos da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Com esse cronograma, buscamos alinhar fluxos que possam otimizar e priorizar o atendimento do paciente em nossa unidade, objetivando o cumprimento do tempo de atendimento porta-ECG de, no máximo, dez minutos. Isso contribui significativamente para a diminuição das morbimortalidades decorrentes das síndromes coronarianas agudas”, conta ele.
De julho a novembro de 2020, a UPA Santo Antônio realizou 19.194 atendimentos. No primeiro mês de funcionamento, a unidade abriu 8 protocolos IAM e, no último, 15 protocolos IAM.
UPA Santo Antônio
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santo Antônio é a maior estrutura do tipo na capital baiana e uma das maiores do país. Administrada pelo Instituto 2 de Julho, oferece, além da assistência nas áreas de medicina clínica, pediátrica, ortopédica, enfermagem, odontologia, serviço social, farmácia e apoio diagnóstico, dois diferenciais à população: o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) e atendimento médico psiquiátrico 24h.
O equipamento está situado no bairro de Roma, na Cidade Baixa, onde abriga, ainda, uma base do Samu. Trata-se de mais uma estratégia para atendimento às demandas da região e para dar suporte à regulação de pacientes a hospitais.