Atendimentos gratuitos do Grupo AMO neste sábado (dia 24) para mulheres cadastradas serão diluídos em Salvador, interior baiano e Aracaju, com consultas, mamografias e ultrassonografias
ASCOM AMO , Salvador |
22/10/2020 às 10:22
Sede da AMO Salvador
Foto: DIV
Diante das restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, este ano haverá inovações na ação social do Grupo AMO para detecção precoce do câncer de mama preconizada pelo movimento mundial Outubro Rosa. Dentro da campanha “Seja rosa, seja um elo”, neste sábado (dia 24), as cerca de 200 mulheres cadastradas terão acesso a um atendimento gratuito mais amplo, começando com consulta e incluindo a realização de exames de mamografia e ultrassonografia em unidades da AMO em Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus e em Aracaju (SE).
A desconcentração do atendimento, o cadastramento antecipado e um menor número de pacientes para evitar aglomeração tornam possível um contorno diferenciado para a ação, como foco num atendimento mais minucioso. Compõem o público-alvo mulheres a partir dos 40 anos, faixa etária indicada para o início do rastreio com mamografia. O cadastramento tem identificado mulheres que nunca fizeram qualquer exame nas mamas e a ação busca alertar para a importância dessa atenção.
Em Salvador, das 7h às 13h, as mulheres cadastradas passarão pela avaliação nas unidades AMD – Amo Medicina Diagnóstica, no Rio Vermelho; Imago – Assistência Multidisciplinar em Oncologia, no Vale do Canela; e na SIM – Serviços Integrados em Medicina, no bairro da Liberdade.
“As pacientes farão a consulta e seguirão para a realização da mamografia. A partir da avaliação do médico, podem fazer também uma ultrassonografia e, a depender do achado, serem encaminhadas para exames mais específicos, como uma punção”, explica o coordenador de Mastologia do Grupo AMO, Ezio Novais, ex-presidente da Sociedade Mundial de Mastologia, destacando que algumas mulheres terão a primeira oportunidade para um exame nas mamas.
Para evitar aglomerações no dia dos exames, a seleção das pacientes foi feita em parceria com algumas instituições. São mulheres que integram ações sociais realizadas pela Polícia Militar e Ilê Aiyê, por exemplo, além de baianas de acarajé, funcionárias de salões de beleza e outras ligadas ao projeto social desenvolvido pela Banda Didá.
Sobre o câncer de mama
Tipo mais comum entre as mulheres, no Brasil e no mundo, depois do câncer de pele não melanoma, o tumor de mama é o que mais causa morte entre as mulheres e corresponde a cerca de 25% dos casos novos de câncer a cada ano, segundo o Ministério da Saúde.
De forma geral, a paciente de câncer de mama é assintomática e, eventualmente, a doença pode ser descoberta a partir da percepção de um nódulo ou uma alteração da pele da mama, mas o ideal é que o diagnóstico seja feita antes da doença se tornar palpável ou visível, como reforça o mastologista Ezio Novais.
“Uma vez detectado o câncer de mama, é necessário partir imediatamente para o tratamento, hoje feito de forma personalizada, acordo com as características do tumor. O tratamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, envolvendo mastologista, oncologista clínico, radiologista, radioterapeuta, patologista, enfermeiro, nutricionista e fisioterapeuta”, observa.
“Embora não se consiga evitar, algumas práticas como hábitos saudáveis de vida, exercício físico, alimentação balanceada, controle de peso, cessação do tabagismo e moderação na ingestão de bebida alcoólica podem interferir na redução do risco de câncer de mama”, enumera, destacando que a consulta com o ginecologista também é fundamental para a observação de outros tumores femininos.