Dora, Mara, Neidinha, Rê, Priu, Mari, Kitty, Juli, Joy, Nininha, Bia, Izoneide e Lane. Além de serem apelidos carinhosos, o que esses nomes têm em comum? Essas mulheres estão curadas ou em tratamento contra o câncer de mama e toparam o desafio de compartilhar publicamente suas histórias com um propósito: ser “elo” na vida de outras mulheres, levando conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce durante o movimento mundial Outubro Rosa.
As pacientes são protagonistas da campanha “Seja rosa, seja um elo”, lançada pela AMO Saúde da Mulher e cuja proposta é reforçar a ideia que o feminino iguala, une e irmana as mulheres, assim como a necessidade de prevenção também. Junto a elas está Cau, que não teve a doença, mas tem a história do câncer de mama presente na família e também decidiu que também seria um “elo”.
Esse ano, as ações do Outubro Rosa foram revistas e adaptadas ao período da pandemia, começando pelo símbolo da campanha da AMO. O tradicional lacinho de fita foi substituído por uma pulseira de silicone na cor rosa, representando o slogan: “Seja rosa, seja um elo”, e destacando a importância do engajamento de cada uma. Lavável, a pulseira permite melhor higienização, fundamental contra a Covid-19.
A Didá, banda baiana de percussão feminina, foi convidada para integrar a campanha, simbolizando o “coletivo feminino” como rede apoio, motivação e crescimento mútuo. Um clipe no terraço da nova unidade AMO Medicina Diagnóstica (AMD), no Rio Vermelho, foi gravado pelas meninas da Didá, que cantam o jingle criado pelo compositor baiano Gerônimo, que também gravou um vídeo cantando a música.
Em alusão à campanha, as sedes do Grupo AMO em Salvador, no interior baiano e em Aracaju (SE) seguem iluminadas de rosa durante todo o mês de outubro. As ações deste ano também incluem plotagem de ferries, do pórtico e das cabines do pedágio do Litoral Norte com o tema do Outubro Rosa AMO.
Ação social dia 24
Respeitando as recomendações e restrições necessárias por conta da pandemia da Covid-19, no dia 24, consultas e exames de detecção precoce do câncer de mama serão realizados gratuitamente para grupos com mulheres pré-selecionadas. A ação acontecerá simultaneamente em unidades de Salvador, no interior baiano e em Aracaju (SE). Haverá mamografias, ultrassonografias e, a depender do achado, direcionamento para exames mais específicos, como punções.
Para evitar aglomerações, a ação foi direcionada a instituições parceiras, que selecionaram as mulheres na faixa etária indicada para o rastreamento. São mulheres de comunidades beneficiadas por ações sociais realizadas pela Polícia Militar, por exemplo, além de baianas de acarajé e funcionárias de salões de beleza e outras ligadas ao projeto social desenvolvido pela Banda Didá.
“Recebemos a indicação de mulheres com o perfil da campanha: preferencialmente acima dos 40 anos e que nunca tiveram a oportunidade de fazer um exame nas mamas”, explica o coordenador de Mastologia do Grupo AMO, Ezio Novais, ex-presidente Sociedade Mundial de Mastologia.
Durante todo o mês, a campanha segue com divulgação de conteúdo nas redes sociais e com atividades internas nas unidades do Grupo AMO em Salvador, em outros municípios baianos e em Aracaju (SE), incluindo a distribuição de material educativo para pacientes.
Sobre o câncer de mama
Tipo mais comum entre as mulheres, no Brasil e no mundo, depois do câncer de pele não melanoma, o tumor de mama é o que mais causa morte entre as mulheres e corresponde a cerca de 25% dos casos novos de câncer a cada ano, segundo o Ministério da Saúde.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima 66.280 novos casos em 2020 no Brasil, com mais de 17 mil mortes, incluindo homens (1% dos casos). Na Bahia, serão 3.460 novos casos de câncer de mama na Bahia, sendo 1.180 em Salvador (Inca).
Cerca de 2 milhões de novos casos de câncer de mama são diagnosticados anualmente em todo o planeta, segundo a Organização Mundial de Saúde.
O câncer de mama tem cura, desde que seja descoberto no início. A detecção precoce pode ser feita através de consulta periódica ao mastologista e realização da mamografia, que deve começar a ser feita aos 40 anos. Pacientes com história familiar precisam iniciar essa rotina mais cedo. Acompanhamento médico especializado, exames e hábitos de vida saudáveis, incluindo alimentação, prática regular de atividade física, redução do uso de bebidas alcoólicas e combate ao fumo, ajudam na prevenção do câncer.