Saúde

COVID BRASIL: 16.118 MORTOS; 241.080 INFECTADOS E 94.122 RECUPERADOS

O Ministério da Saúde está financiando o estudo ‘Evolução da Prevalência de Infecção por COVID-19’, coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelota
Tasso Franco , da redação em Salvador | 18/05/2020 às 10:37
Sepultamentos em série
Foto: REP
  O Ministério da Saúde registrou até as 19h deste domingo (17) o total de 241.080 casos por coronavírus e confirmou que 94.122 (39%) pessoas são considerados recuperadas. Outras 130.840 pessoas estão em acompanhamento. As informações foram atualizadas e repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde de todo o Brasil no sistema oficial do Governo Federal.

Até o momento, o país registra 16.118 mortes por coronavírus, cuja taxa de letalidade é de 6,7%, considerando o total de casos confirmados. Nas últimas 24 horas, foram registrados 7.938 casos e 485 mortes, sendo que a maioria aconteceu em períodos anteriores, mas foi inscrita nos sistemas oficiais do Ministério da Saúde somente de ontem para hoje, após conclusão da investigação da causa da  morte. Assim, dos novos óbitos registrados, 298 ocorreram nos últimos três dias. Outros 2.450 óbitos estão em investigação.

Desde o dia 26 de fevereiro, quando o primeiro caso foi confirmado no país, o Governo do Brasil adotou uma série de medidas, junto a estados e municípios, para garantir a estrutura necessária ao atendimento dos pacientes com a doença. Desde então, o Ministério da Saúde não tem medido esforços para adquirir e distribuir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), recursos humanos e financeiros, respiradores e insumos. Entre abril e maio, também foram habilitados 3.810 leitos de UTI voltados exclusivamente para o atendimento de pacientes graves ou gravíssimos por coronavírus.

Atualmente, a doença circula em pouco mais da metade dos municípios brasileiros. Mas a maior parte não registra nenhum óbito.

MAPEAMENTO

O Ministério da Saúde está financiando o estudo ‘Evolução da Prevalência de Infecção por COVID-19’, coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas que vai analisar a evolução de casos da COVID-19 na população brasileira. Ao todo, 99.750 pessoas de 133 municípios de todas as regiões do país serão submetidas ao teste rápido (sorologia), que detecta se a pessoa já teve a doença. Foram enviados 150 mil testes rápidos para viabilizar a ação.

Para saber mais sobre a pesquisa acesse aqui

A ideia é identificar de que forma o vírus está se propagando em todo o Brasil e criar políticas públicas mais eficientes sobre o comportamento do coronavírus no território brasileiro. Essas “cidades sentinelas” foram escolhidas por serem municípios sede de cada sub-região intermediária do país, de acordo com critérios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A pesquisa será feita em três fases, com entrevistas que ocorrerão a cada duas semanas por meio de visitas domiciliares, conduzidas por equipes do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE). A primeira fase teve início no dia 14 de maio e se estenderá até o dia 17 de maio, com previsão de realização de entrevistas e testes rápidos em 33.250 participantes (250 em cada uma das 133 cidades).

As Secretarias Estaduais de Saúde receberam ofício do Ministério da Saúde sobre a realização da pesquisa. A notificação também foi enviada aos Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e ao Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúdes (Conasems). As próximas etapas da pesquisa estão previstas para ocorrer nos dias 28 e 29 de maio, e 11 e 12 de junho.

Durante a pesquisa, as pessoas são entrevistadas e testadas em casa, por meio de sorteio aleatório. Se o resultado do teste der positivo, os profissionais entregam informativo com orientações e repassam o contato do participante para a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, que ficará responsável por informar as secretarias de saúde locais para acompanhamento e suporte dos casos pelos serviços saúde.

Os dados coletados servirão de base para estimar o percentual de brasileiros infectados, avaliar os sintomas mais comumente relatados, estimar recursos hospitalares necessários ao enfrentamento da pandemia e permitir o desenho de estratégias para abrandar as medidas de isolamento social.