O processo de municipalização da saúde no Brasil constitui-se em um dos principais entraves para a melhoria da gestão do sistema, numa perspectiva de integração assistencial e economia de escala na prestação de serviços. A proposta de redes integradas de saúde, com escala populacional e hierarquização da rede de serviços dentro de unidades territoriais de médio porte, instituiu uma das principais soluções para aumentar a eficiência e a capacidade resolutiva do sistema de saúde em países como o Brasil.
As perspectivas sobre a implantação das redes integradas de saúde no Brasil e os avanços que elas representarão na organização do sistema de saúde brasileiro serão debatidos na primeira edição do Fórum de Inovação em Gestão de Saúde (FIGS), que será realizado nos dias 2 e 3 de abril de 2020, no Hotel Centro de Convenções Deville Salvador, na Bahia, pelo Instituto de Gestão e Humanização (IGH) – entidade sem fins lucrativos, que administra 27 unidades de saúde distribuídas em cinco estados: Bahia, Minas Gerais, Goiás, Piauí e Rio Grande do Sul.
O evento marcará os 10 anos do IGH e reunirá 500 lideranças do segmento para discutir inovação em gestão de saúde sob uma nova perspectiva – humanização na administração de recursos, pessoas, qualidade e atendimento eficaz – bem como disseminar práticas de gestão moderna, capazes de maximizar os resultados de unidades prestadoras de serviços em saúde.
Para André Medici, economista sênior em Saúde no Banco Mundial, que fará a palestra magna sobre redes integradas de saúde na tarde do primeiro dia do FIGS, é importante debater o tema a fim de que os gestores de saúde em todos os níveis de hierarquia se orientem a buscar uma melhor organização dos serviços além das fronteiras do microuniverso de seus estabelecimentos de saúde. “A ideia de rede de saúde se organiza a partir da demanda em contraposição aos malefícios da fragmentação dos serviços decorrentes da economia da oferta. Está centrada na importância da articulação dos serviços de saúde em redes regionalizadas e hierarquizadas de saúde”, destaca.
Os serviços de atenção primária, defende Medici, devem ser apoiados por sistemas de referência integrados, funcionais e mutuamente amparados. “Para levar à progressiva melhoria dos cuidados gerais de saúde com prioridade para os que mais necessitam”, ressalta.
No dia 2 de abril ainda serão abordados os temas consolidação nos modelos de gestão pública; governança e compliance; sustentabilidade e legislação; eficiência e lean healthcare; eficiência no modelo de Organizações Sociais de Saúde (OSS); e valor em saúde pública.
O segundo e último dia foi pensado para discutir governança em tecnologia da informação, com apresentações sobre gestão da saúde do futuro; inovação e tecnologia voltadas para assistência; telemedicina e os avanços por meio da tecnologia; gestão de saúde populacional - promoção e prevenção em saúde; e a palestra magna “A importante interface do modelo de OSS junto à saúde”.
SOBRE O FIGS
O 1º Fórum de Inovação em Gestão de Saúde (FIGS), uma iniciativa do Instituto de Gestão e Humanização (IGH), discutirá o modelo de gestão das OSS e sua interface junto à saúde suplementar, por meio de cases práticos. Público estimado: 500 lideranças do segmento de saúde. Perfil de convidados: CEOs, CMOs, CFOs de instituições públicas e privadas.
SOBRE O IGH
O Instituto de Gestão e Humanização (IGH) é uma entidade sem fins lucrativos que completa 10 anos em abril. Seu objetivo primordial é utilizar e divulgar práticas de gestão modernas, capazes de maximizar os resultados de unidades prestadoras de serviços em saúde. Afinal, acredita que é possível fazer diferente e melhor.
Como o nome diz, sua missão é transmitir humanização, ou seja, para gerar valor o público precisa se sentir acolhido. A experiência tem que ser positiva da recepção até a finalização de um atendimento. Cuidado, respeito, transparência, conexão e inovação são palavras-chave para isso.