A Bahia agora tem um dia dedicado ao enfrentamento à violência contra a mulher. A partir da lei nº 14.020/2018 (bit.ly/2RQg1bi), sancionada pelo governador Rui Costa no último dia 30 de outubro, a data passa a ser celebrada em 13 de novembro. No Hospital da Mulher (HM), no Largo de Roma, o primeiro Dia Estadual de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher foi marcado por uma programação especial, promovida pelo Serviço de Atendimento às Mulheres Expostas à Violência Sexual do HM (Serviço AME), em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Bahia (SPM).
“Esse dia é uma conquista das mulheres porque dá visibilidade à luta contra a violência. E nada melhor do que comemorar no HM, que é uma grande conquista. A violência é um problema de saúde pública que tem afetado a vida das mulheres, quando não lhes tira a vida pelo feminicídio”, afirmou a secretária da SPM, Julieta Palmeira.
A programação foi iniciada com a distribuição de material informativo na Avenida Antônio Carlos Magalhães, no Caminho das Árvores. No HM, as atividades seguiram com uma palestra sobre os tipos de violência que atingem o público feminino. “Falamos sobre o que é a violência e de que forma a mulher pode acionar a rede de atendimento em caso de necessidade”, explicou a tenente Cristiana Alves, integrante da Ronda Maria da Penha que ministrou a palestra.
Outro destaque foi o quarteto de flautas da Universidade Federal da Bahia (Ufba), que apresentou clássicos do chorinho. “Como um serviço de referência no estado da Bahia, nós não poderíamos deixar essa data passar sem uma ação para chamar a atenção desse agravo que acomete muitas mulheres baianas e brasileiras. A cada 1 minuto, uma pessoa é abusada sexualmente no Brasil. Então, isso é um assunto de saúde pública. É um assunto sério e a gente tem que dar a devida importância”, destacou a coordenadora do Serviço AME, Jamile Martins.
O Serviço AME recebe vítimas de violência sexual acima de 12 anos, todos os dias, 24 horas, por demanda espontânea, encaminhadas por órgãos judiciais ou policiais e também pela Central de Urgência do Serviço de Atendimento Móvel de Emergência (Samu). As pacientes recebem atendimento multidisciplinar de uma equipe formada por médicas, psicólogas, enfermeiras, assistentes sociais e farmacêuticas. É prestado ainda o atendimento jurídico.