Saúde

Doença celíaca atinge cerca de 2 milhões de pessoas no país


Pela dificuldade no diagnóstico, muitos pacientes não sabem que têm a patologia

Sobape ,  Salvador | 16/05/2018 às 14:42
Kátia Baptista
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Causada por intolerância ao glúten, a doença celíaca acomete cerca de 2 milhões de pessoas no país, segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra). Apesar do número expressivo, o diagnóstico é considerado difícil e nem todos os pacientes têm conhecimento do problema, como destaca a presidente da regional Bahia (Acelbra-BA), a gastropediatra e nutróloga Kátia Baptista. Ela destaca que a incidência da doença chega a 1% da população no mundo.

Com a proximidade do Dia Nacional dos Celíacos - 20 de maio -, a especialista faz o alerta e chama a atenção para a importância do diagnóstico precoce e o tratamento adequado para a patologia que não tem cura. Exame de sangue e endoscopia digestiva com biópsia do duodeno são recursos utilizados para o diagnóstico.

“A doença celíaca é autoimune e costuma surgir ainda na infância. As células de defesa agridem as demais células do organismo causando processo inflamatório”, explica a pediatra, destacando que o diagnóstico é difícil, pois os sintomas sugerem doenças intestinais ou carência de nutrientes.  

Principais sintomas

Entre os principais sintomas estão diarréia ou prisão de ventre, vômitos, anemia, perda de peso, cólica, sensação de cansaço e dificuldade de crescimento, no caso de crianças. “Os sintomas variam entre os pacientes e, muitas vezes, registra-se também a ocorrência de falta de ar, lesões na pele, queda de cabelo, osteoporose e carência de vitaminas”, enumera.

Como destaca Kátia Baptista, a doença não tem cura e o tratamento, com orientação profissional, é feito a partir de dieta com restrição ao glúten, proteína presente no trigo, no centeio e na cevada, entre outros alimentos. “O glúten atrapalha a capacidade do intestino em absorver nutrientes, gerando outras deficiências, mas o paciente deve fazer a dieta orientada por um profissional médico”, esclarece.