Saúde

Cuidados com a audição no Carnaval. Especialista dá dicas p/ proteção

Veja dicas para proteção dos ouvidos
Texto & Cia ,  Salvador | 05/02/2018 às 12:14
Exposição a som muito alto prejudica células da orelha
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   Falta pouco para o Carnaval e muitos aguardam ansiosamente para curtir a folia, seja atrás dos trios elétricos ou dentro dos camarotes. Mas, para aproveitar a festa sem causar transtornos para a saúde, principalmente para a audição, é importante tomar algumas precauções.

A exposição ao som muito alto pode prejudicar as células da orelha interna, causando sensação de pressão nos ouvidos, zumbido, perda auditiva no mesmo dia ou no dia posterior e até consequências mais graves, como explica a médica otorrinolaringologista, Clarice Saba. “Distúrbios do labirinto, zumbido, perda da audição em diversos graus, são alguns dos sintomas de quem passa muito tempo exposto ao barulho muito intenso”, explica a especialista.

Então, para desfrutar a festa com qualidade, Clarice Saba dá algumas dicas simples: “O ideal é manter uma distância segura, de no mínimo 50 metros das caixas de som trio (96 decibéis). Quem prefere curtir a festa nos camarotes, recomenda-se que fique, a uma distância segura dos aparelhos de som, além do uso de protetores auriculares para diminuir o impacto da música alta demais nas orelhas. É importante ressaltar que com as crianças esses cuidados precisam ser redobrados”, orienta.

A médica acrescenta que esse alerta vale também para as pessoas que trabalham nos circuitos do Carnaval, como cordeiros, seguranças, equipe de limpeza, o cantor e sua banda, repórteres, entre outros. Segundo ela, “nesses casos a utilização dos protetores auriculares é ainda mais imprescindível, e para quem usa o ‘retorno’, tentar usar um equipamento de qualidade”.


Sobre a Dra. Clarice Saba

Idealizadora e coordenadora do Programa de Apoio a Pacientes com Hiperacusia e Zumbido (PAHZ) da Escola Bahiana de Medicina, conquistou o X Jack Vernon Award, equivalente ao Oscar do zumbido. É diretora técnica do Centro de Otorrinolaringologia da Bahia (CEOB) e preceptora da Residência Médica em Otorrinolaringologia da Santa Casa de Misericórdia da Bahia – Hospital Santa Izabel, Fellow no Jackson Memorial Hospital (USA) e no Groninghen Zienkenhuis (Holanda). É também Delegada Bahia da Sociedade Brasileira de Otologia e faz parte da Ordem dos Médicos do Brasil (OMB), capítulo Bahia.