Saúde

Casos de infecções gastrointestinais aumentam no Verão. Como tratar.

Gastroenterologista Allan Rego orienta sobre prevenção e tratamento das infecções gastrointestinais
Da Redação , Salvador | 12/01/2018 às 09:35
Gastroenterologista Allan Rego orienta sobre prevenção e tratamento das infecções
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Calor, maior aglomeração de pessoas, aumento do consumo de bebidas alcoólicas e descuido no acondicionamento dos alimentos. De acordo com o coordenador do Serviço de Gastroenterologia do Hospital Cárdio Pulmonar, o gastroenterologista Allan Rego, essa combinação faz com que as infecções gastrointestinais sejam mais comuns nessa época do ano.

“A maioria dos casos é causada por água e alimentos. Às vezes, não sabemos como armazenar de forma ideal a comida nesse período de altas temperaturas. Outro ponto é o consumo de água não filtrada ou fervida”, pontuou o médico, destacando que as infecções podem ser virais ou bacterianas.

O especialista ensina que alimentos já prontos, com caldo, molhos e maionese, por exemplo, devem ter consumo evitado fora de casa. O ideal também é que lanches e refeições sejam preparados o mais próximo possível do momento do consumo, o que ajuda a evitar a proliferação de bactérias.

“A salmonela, por exemplo, é uma bactéria que se prolifera em temperaturas maiores e é comum em alimentos de rua. Já a gastroenterite viral, tipo mais comum, pode ser causada pelo rotavírus”, explica Allan Rego.

Os sintomas dos casos virais e bacterianos são similares: vômitos, diarreia intensa e dor abdominal. O especialista pontua, contudo, que a maioria dos casos é autolimitada e o quadro é normalizado independente da intervenção realizada.

Para Allan Rego, “as ocorrências não representam grandes riscos se o paciente estiver ingerindo bem alimentos, urinando regulamente e sem sinais de prostração”. Se esses sintomas aparecerem, o coordenador do Serviço de Gastroenterologia do Cárdio Pulmonar recomenda que o paciente procure a avaliação de um médico.

“Quando se tem um caso de infecção bacteriana, é importante uma avaliação mais criteriosa, pois pode haver a necessidade do uso de antibióticos”, ressaltou. Nos casos mais amenos, o tratamento requer hidratação, consumo de alimentos leves e repouso.

 “O uso do soro caseiro também é importante. O paciente deve se manter hidratado para evitar complicações. O que deve-se evitar é o uso de antidiarréicos. Se não sabemos a origem da infecção, é importante aumentar a hidratação, o que ajuda no reequilíbrio do organismo”, orienta.