Saúde

Síndrome Alcoólica Fetal não tem cura

Consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez provoca malformações e distúrbios de comportamento nos bebês
Darana Relações Públicas , Salvador | 19/09/2017 às 13:37

 

Consumir bebidas alcóolicas durante a gravidez pode provocar desde aborto a problemas irreversíveis à saúde dos bebês. Esse fato foi ratificado por um levantamento feito pelo Centro de Estudos sobre Saúde Mental e Dependência (CAHM), que constatou que a cada mil bebês nascidos no mundo, oito são vítimas da Síndrome Alcóolica Fetal (SAF). Ainda de acordo com o estudo da CAHM, uma a cada 13 mulheres ingere álcool pelo menos uma vez enquanto está gestante, o que intensifica ainda mais os riscos. 

A síndrome pode causar consequências para o bebê como peso baixo ao nascer e alterações na face e em órgãos do corpo, além de problemas de aprendizagem, memória, fala, audição, de atenção, de relacionamento e distúrbios de comportamento. De acordo com a pediatra Aranda Haber, do Hapvida Saúde, a síndrome é de difícil diagnóstico e pode ser identificada mais facilmente após o parto. “No período neonatal, nem sempre é fácil fazer o diagnóstico da síndrome uma vez que os sinais de alterações físicas podem não ser muito evidentes e os sinais de retardo mental não são passíveis de verificação. Porém, já se pode suspeitar quando o recém-nascido apresenta evidente restrição de crescimento intrauterino, associada a um quadro de irritabilidade aumentada e dificuldade de sucção”, explica. 

A Síndrome Alcóolica Fetal não tem cura e nem um tratamento específico. “Não existe um método clínico de tratamento voltado especificamente para essa síndrome. Aconselha-se a busca de terapias, visando promover a interação pais-crianças onde se busca melhorar o desenvolvimento da criança”, destaca. 

Os riscos da SAF existem durante toda a gravidez, não ficando restritos apenas aos três primeiros meses e podem ser potencializados pela quantidade de álcool ingerida pelas mães. “Quando a gestante ingere bebidas alcoólicas, seu filho também o faz. Durante a gestação, qualquer dose de álcool consumido poderá levar a alterações no desenvolvimento do feto”, finaliza Dra. Aranda Haber. 

Diante desse quadro, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) está com uma campanha de conscientização das mães e profissionais de saúde sobre os danos de ingestão de álcool durante a gravidez para os bebês. O objetivo é disseminar informações sobre a SAF e reduzir os riscos de novos casos.  



 

 

Sobre o Hapvida:

 

Com 3,8 milhões de beneficiários, o Hapvida hoje se posiciona como a maior operadora de saúde do Norte e Nordeste. Os números superlativos mostram o sucesso de uma estratégia baseada na gestão direta da operação e nos constantes investimentos: atualmente, são mais de 16 mil colaboradores diretos envolvidos na operação de 24 hospitais, 74 clínicas médicas, 19 unidades de prontos atendimentos, 66 unidades de diagnóstico por imagem e 58 postos de coleta laboratorial distribuídos em 11 estados onde a operadora atua com rede própria.