Saúde

ITABUNA: Prefeitura investe na ampliação do Mutirão do Diabético

O mutirão é considerado um dos maiores do gênero no mundo
Erivaldo Bomfim , Itabuna | 17/07/2017 às 19:00
Prefeitura de Itabuna investe na ampliação do Mutirão do Diabético
Foto: Hélio Fonseca
O prefeito Fernando Gomes assinou, com o Hospital Beira Rio, Asdita e a ONG Unidos pelo Diabetes, o protocolo de apoio do governo municipal à realização do Mutirão do Diabético em Itabuna, considerado uma referência internacional e que serve de modelo para diversas cidades brasileiras. O mutirão é considerado um dos maiores do gênero no mundo e  este ano deve mobilizar um público de mais de 15 mil pessoas nas avenidas Mário Padre e Aziz Maron, com cinco mil exames de glicemia.
De acordo com o protocolo, caberá ao governo municipal oferecer toda a infraestrutura do evento - palcos, palanques, estandes e iluminação especial azul nas diversas pontes, ruas e praças da cidade -, um esforço que terá a participação de equipes das Secretarias da Saúde, Assistência Social, Administração e Desenvolvimento Urbano. O prefeito Fernando Gomes também destacou a importância institucional da parceria que é importante para Itabuna e para a Bahia, além de representar um importante investimento na área da prevenção à saúde, uma prioridade de governo.
Ele destaca o esforço para atender a milhares de pessoas e oferecer mais de dois mil atendimentos na parte médica, com a oferta de exames de retina, de pé diabético, de rins e coração, o que vai envolver não apenas a prefeitura, como também as entidades envolvidas no mutirão, com a mobilização de mil voluntários de clubes de serviço, lojas maçônicas e instituições da sociedade civil organizada. O esforço visa sensibilizar à população para o diabetes um grave problema na área de saúde, que afeta a 14 milhões de brasileiros, dos quais 50% não sabem que têm a doença, com um custo de R$ 21,8 bilhões.

Projeto
O projeto do Mutirão do Diabetes foi apresentado pelo médico Rafael Andrade, responsável pela coordenação do evento, que chega agora à sua 13ª  edição. Ele destaca que este é um dos maiores eventos do Brasil e do mundo, atraindo a atenção de representantes de vários países que vêm a Itabuna acompanhar o processo. Disse também que o evento foi objeto de um trabalho apresentado em 2015 num simpósio em Vancouver, no Canadá.
O médico ressalta que o diabetes é a principal causa de cegueira, amputações e hemodiálise, por isso mesmo, o mutirão tem como função ajudar a tratar pacientes graves e que necessitam de tratamento oftalmológico. Para ele, a prefeitura é um pilar importante e fundamental para a realização e sucesso do mutirão. “Vale lembrar que Itabuna é a cidade que mais veste a camisa do mutirão, que começou em 2004, com 199 pacientes, 30 voluntários e quatro retinólogos”.

Estratégia
         O médico Rafael Andrade também falou das estratégias para a realização do mutirão, o que envolve o treinamento e capacitação dos voluntários e dos profissionais da rede básica de saúde, além de uma ampla parceria com o governo municipal e os diversos setores da sociedade civil organizada, para realização do “maior mutirão do mundo, com apoio do Rotary, Lions, GAC, lojas maçônicas, Polícia Militar, Cedeba, Marinha e instituições de ensino superior a exemplo da UFSB, Uesc, FTC, Unime e outras entidades”.
   Ele destacou ainda como parte dos preparativos para o mutirão, a distribuição de kits, complementado com a realização de um desfile no shopping para estimular a apresentação e vendas de camisas, além do lançamento de um site e da realização de um programa da TV Cabrália, que integra a rede Record na Bahia. A estratégia inclui ainda a realização de pedaladas, caminhadas, além do apoio de artistas e a iluminação das ruas e prédios visando tornar Itabuna a cidade do diabetes.
A assinatura do protocolo contou ainda com as presenças dos secretários de Assistência Social, Sandra Neilma; de Administração, Dinailson Oliveira; de Desenvolvimento Urbano, Patrick Olbera Monteiro e da Fazenda, Paulo César Fontes Matos, além de técnicos do governo municipal e representantes do Hospital Beira Rio, Asdita e ONG Unidos pelo Diabetes.