Ginecologista orienta sobre os riscos do uso prolongado de roupas de banho úmidas
CP , Salvador |
25/01/2017 às 14:58
Ginecologista Leonardo Palmeida
Foto: DIV
Calor, biquínis úmidos e roupas pouco ventiladas. Essas são, de acordo com o ginecologista Leonardo Palmeira, as causas que fazem aumentar no verão a incidência de candidíase vaginal, infecção fúngica causada por fungos do gênero Candida.
O especialista, que integra o Serviço de Ginecologia do Hospital Cárdio Pulmonar, orienta ainda as mulheres a evitarem roupas íntimas sintéticas. “Neste período, o aumento de casos de candidíase é favorecido pelo uso prolongado de roupas de banho úmidas. O ideal é trocar a peça após o banho de mar ou piscina”, ensina o médico. É preciso também evitar tecidos que aumentem a temperatura corporal e roupas apertadas. Dar preferência ao uso de saias ao invés de calças e, até mesmo, dormir sem calcinha pode ajudar a melhorar a ventilação.
Há, ainda, cuidados que ajudam a evitar a candidíase: não repetir as peças íntimas, secá-las ao sol e passar antes de guardar, não usar calcinhas úmidas e evitar que as peças tenham contato com a madeira (comum em armários).
Tratamento
Ainda de acordo com Leonardo Palmeira, os sintomas da candidíase podem aparecer de forma súbita. Os mais comuns são coceira, ardor ao urinar e corrimento grumoso (aparência de leite talhado). “É importante que a paciente não recorra a soluções caseiras e nem automedicação, pois quando chega ao consultório já não temos o quadro clássico, o que dificulta o diagnóstico”, destaca o ginecologista.
Para o tratamento é feito o uso de antifúngico oral ou creme vaginal por até uma semana. Os cuidados adequados, de acordo com o médico, reduzem os sintomas em dois dias.Se não for tratada de forma adequada, a candidíase pode se estender para a pele, onde se forma uma lesão do tipo micose na região do períneo.