Os médicos do Hospital Regional de Juazeiro promoveram assembléia na noite desta terça-feira, dia 21, quando decidiram deflagrar greve geral a partir do dia 28. O Sindimed, sindicato que representa a categoria na Bahia, esperava a presença de um representante da Sesab (Secretaria de Saúde do Estado) em audiência no Ministério Público do Estado da Bahia, convocada em Juazeiro, para discutir a reestruturação do hospital e a garantia de regularização dos repasses, dentre outros temas, mas isso não aconteceu.

  Ao comentar a crise por que passa o Hospital Regional de Juazeiro, o clínico José Carlos Tanuri Júnior lembrou que a categoria já havia feito uma paralisação de advertência nos dias 14 e 15 na tentativa de pressionar a Sesab a apresentar um cronograma de atendimento dos pleitos. Contudo, a secretaria segue indiferente às necessidades dos médicos, que somam 74 no hospital e atendem a uma demanda proveniente de 53 municípios pactuados.

Além da garantia da regularização dos repasses, é fundamental que na compra de novos aparelhos seja observada sua especificação técnica, para que se evite a aquisição de equipamento obsoleto. O quadro de médicos do Hospital Regional de Juazeiro é todo celetista, ao contrário dos demais hospitais estaduais entregues à terceirização, que precariza as relações de trabalho. Quem administra a instituição é a Associação Proteção à Maternidade e à Infância de Castro Alves (APMICA).