Uma visita regular ao oftalmologista garantiu um diagnóstico precoce e o controle do Glaucoma da dona de casa Maria Eliete Farias Santos, de 57 anos, e do aposentado Elicier Dantas, de 86 anos. Ambos fazem parte do grupo de 1.400 pacientes acompanhados mensalmente no DayHORC Hospital de Olhos Ruy Cunha pelo Programa Glaucoma.
O atendimento é oferecido através de uma parceria estabelecida entre o Ministério da Saúde e prestadores de serviços credenciados na rede Sistema Único de Saúde (SUS) que garante o acompanhamento ambulatorial e a dispensação de colírios gratuitos. Em Itabuna, o DayHorc – Hospital de Olhos Ruy Cunha – é uma das clínicas referenciadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para diagnóstico e tratamento do Glaucoma.
Diagnosticada com a principal doença causadora de cegueira irreversível do mundo, esta semana a portadora de necessidades especiais, a dona de casa Maria Eliete passava por mais uma consulta de acompanhamento oftalmológico, na companhia da irmã Lúcia Farias Santos. "Graças a Deus a pressão ocular dela está controlada ", comenta aliviada a irmã da paciente que apesar de não apresentar nenhum sintoma da doença, faz parte do grupo de risco, já que na família possui familiares com o diagnóstico do Glaucoma.
"Ela não sentia nenhum incomodo na visão, mas como na família temos o histórico familiar da doença, resolvemos trazêla para uma consulta de rotina ao oftalmologista, nisso ela foi diagnosticada com a pressão ocular bastante elevada. O oftalmologista solicitou diversos exames, todos realizados aqui mesmo no DayHORC, e foi confirmado o Glaucoma. Graças a um diagnóstico precoce o Glaucoma dela está estabilizado com o uso de colírios adequados".
O diagnóstico precoce também controlou o Glaucoma do aposentado Elicier Dantas, de 86 anos, que diferente da dona de casa já percebia uma leve alteração na visão. “ Ele começou a se queixar de alterações na visão, ele dizia que estava vendo tudo muito embaçado. Já ia agendar uma consulta ao oftalmologista quando fiquei sabendo do mutirão do Glaucoma em 2014, e sabendo da agilidade do atendimento eu o trouxe. Aqui ele foi bem atendido e diagnosticado com a pressão ocular alterada. Ele já fez a cirurgia e há dois anos meu pai é acompanhado pelo programa, inclusive recebe gratuitamente o colírio para o tratamento”, contou Clívia da Silva Santos que esta semana agendava mais um retorno trimestral para o pai”.
O diagnóstico tardio e a falta de informação sobre o glaucoma ainda são os principais desafios do Brasil para conter o avanço da cegueira causada pela doença. “ Por ano, são registrados 2,4 milhões de novos casos. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) estima que um milhão de brasileiros e brasileiras sofrem com o problema e 70% deles sequer sabem que têm a doença. O aumento da expectativa de vida da população é um fator que contribui para o aumento do número de casos, desempenhando um papel importante na sua prevalência e incidência. Muito tem sido feito, mas a despeito de todos os esforços empreendidos, o glaucoma continua cegando milhões de pacientes em todo mundo. Portanto, muito há que se fazer”, alerta oftalmologista Rogério Vidal.
O Glaucoma é uma doença causada pela lesão do nervo óptico relacionada à pressão ocular alta e deve ser diagnosticado e tratado com precocidade a fim de se evitar a perda irreversível da visão. Entre os grupos de risco para a doença estão pessoas acima de 40 anos; com histórico de Glaucoma confirmado na família; diabéticos e míopes com grau alto; pessoas com pressão intraocular elevada; ou pessoas com traumas oculares relevantes.
Para este públicoalvo, classificado entre os grupos de risco, o DayHORC promove no sábado (4) o GlaucomaDay. "Além de estar entre os grupos de risco, é imprescindível que o paciente que deseje atendimento chegue à Unidade do DayHorc entre às 8 e 14 horas, além de estar de posse dos seguintes documentos de identificação: RG, CPF, cartão do SUS e comprovante de residência", finalizou o médico oftalmologista Rogério Vidal.